PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: PÂMELA LOPES PEDRO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PÂMELA LOPES PEDRO DA SILVA
DATA: 15/12/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Link da videochamada: https://meet.google.com/fro-wsdy-cns
TÍTULO: Tratamento da Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial no Âmbito do Sistema Único de Saúde
PALAVRAS-CHAVES: Transtornos da Articulação Temporomandibular; Dor facial; Sistema Único de Saúde; Custos e Análise de Custo; Tratamento.
PÁGINAS: 134
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: Disfunção Temporomandibular (DTM) é um grupo de condições dolorosas que afetam, principalmente, a articulação temporomandibular e/ou os músculos da mastigação, sendo considerada a causa mais comum de dor orofacial (DOF) de origem não odontogênica. Diante da demanda de pacientes com esta disfunção que buscam atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e podem não ter acesso ao tratamento adequado, esta pesquisa teve como objetivo analisar a rede de cuidados ao indivíduo com DTM e DOF no SUS, pela perspectiva dos gestores; o conhecimento dos cirurgiões-dentistas (CDs) atuantes na rede de atenção primária à saúde (APS) sobre esta disfunção e o impacto orçamentário da proposta de oferta de dispositivos oclusais (DOs) na atenção secundária (AS). Para tanto, foram aplicados questionários eletrônicos a gestores municipais em saúde bucal em todo território brasileiro (n=96) para conhecer as condutas clínicas aplicadas a pacientes com DTM e DOF na APS e AS. Também foram aplicados questionários eletrônicos a CDs da APS (n=371) para avaliar seu conhecimento sobre etiologia, diagnóstico e tratamento desta disfunção; e disponibilidade de serviços para encaminhamentos dos pacientes. Além disso, foi realizada uma avaliação econômica parcial em saúde, através da análise dos custos clínicos e laboratoriais da confecção de DOs nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) sob a perspectiva do SUS. Os dados obtidos foram tabulados e analisados por meio de estatística descritiva e inferencial utilizando-se nível de significância de 5% (p <0,05). Houve representantes de todas as regiões geográficas do Brasil, mas a maior parte foi da região Sul (gestores - 37,5%; CDs - 45,9%). A maioria dos gestores informou que tanto na APS (n=82; 85,5%), quanto na AS (n=68; 70,5%) não tem sido realizado tratamento de pacientes com DTM. Ademais, a maioria afirmou não haver protocolos específicos, nem cursos de capacitação de profissionais para atendimento destes pacientes. A maioria dos CDs informou que não realiza tratamento de pacientes com DTM em sua UBS (n=206; 56,3%), nem conhece serviços públicos em seu município para encaminhamento (n=267; 70%), e julgou necessária a implantação de serviços especializados para esse tipo de atendimento no SUS (n=358; 97,8%). No geral os CDs demonstraram conhecimento limitado sobre etiologia, diagnóstico e tratamento da DTM, superestimando a importância da oclusão e opções de manejo mais invasivas. Para todos os domínios, os especialistas em DTM e DOF concordaram com a literatura em maior número de questões, havendo diferença estatisticamente significativa entre eles e os demais CDs. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as regiões geográficas e tempo de formação. Para o domínio etiologia, houve diferença estatisticamente significante para as mulheres (p=0,045), que acertaram mais questões. O custo final para confecção do DO, incluindo-se uma sessão de retorno para ajustes, foi de R$149,81. Desse valor, foi subtraído o percentual repassado pelo Ministério da Saúde aos municípios. Considerando-se uma análise de sensibilidade de 25%, podendo haver uma variação entre o melhor e o pior cenário, respectivamente, de R$104,93 e R$194,71. O impacto incremental no orçamento dos municípios brasileiros para a oferta de 4.240.551 DOs ao longo de 5 anos foi de R$ 635.276.945,31. Conclui-se que, sob a perspectiva dos gestores em saúde bucal do SUS, há falhas na rede de cuidados ao paciente com DTM e DOF, com déficit na oferta de serviços tanto na APS, quanto na AS. Os CDs da APS demonstraram conhecimento limitado sobre esta disfunção e dificuldades no encaminhamento de pacientes. O custo da confecção de um DO foi de R$149,81, sendo de grande valia para os gestores na tomada de decisão quanto à alocação dos recursos para os cuidados em saúde. Apesar das limitações do estudo, espera-se contribuir com a reorganização dos serviços de saúde bucal, permitindo acesso e tratamento de forma integral a estes pacientes com o menor impacto econômico.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA ISABELLA ARRUDA MEIRA RIBEIRO
Presidente - 1490571 - ANDRE ULISSES DANTAS BATISTA
Interno - 1222510 - EDSON HILAN GOMES DE LUCENA
Interno - 2380400 - FRANKLIN DELANO SOARES FORTE
Externo à Instituição - PATRÍCIA DOS SANTOS CALDERON