PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: REBECA DANTAS ALVES FIGUEIREDO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REBECA DANTAS ALVES FIGUEIREDO
DATA: 29/01/2024
HORA: 13:30
LOCAL: Auditório do PPGO
TÍTULO: Associação entre diabetes e periodontite: acesso ao tratamento odontológico no SUS e atualização dos profissionais da Atenção Primária a Saúde (APS) da capital da Paraíba sobre o manejo clínico integrado
PALAVRAS-CHAVES: Diabetes Mellitus; Periodontite; Capacitação Profissional; Saúde Pública; Acesso aos Serviços de Saúde
PÁGINAS: 95
RESUMO: A periodontite e o diabetes são comorbidades e apresentam um caráter bidirecional. Entretanto, o conhecimento acerca desta inter-relação pelos profissionais de saúde é limitado e o atendimento integral ao paciente com diabetes constitui um desafio. Assim, os objetivos do presente estudo foram analisar o acesso de indivíduos com hipertensão e/ou diabetes ao atendimento odontológico na Atenção Primária a Saúde (APS) do Brasil, avaliar o conhecimento e práticas/atitudes de cirurgiões-dentistas, enfermeiros e médicos da APS do município de João Pessoa sobre a inter-relação diabetes e periodontite e ofertar a esses profissionais um treinamento acerca desta inter-relação com o intuito de atualizar e orientar o manejo clínico multiprofissional, visando implementar um fluxograma de atendimento integral ao paciente com diabetes nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e de encaminhamento para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). Realizou-se um levantamento de dados dos atendimentos odontológicos de pacientes com hipertensão e/ou diabetes na APS, disponibilizados nos relatórios do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), na plataforma eGestor da Atenção Básica do Ministério da Saúde, de todos os municípios brasileiros que enviaram a produção odontológica de forma regular nos anos de 2018 e 2019. As variáveis dependentes foram o percentual de pessoas diagnosticadas com diabetes que tiveram atendimento odontológico na APS. E as independentes corresponderam a região (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste); ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); Índice de Gini, estimativa populacional do município e estimativa de cobertura populacional da saúde bucal na estratégia saúde da família. Realizou-se análise descritiva e cálculo das medidas de tendência central e de dispersão no software JAMOVI. Em paralelo, questionários em formato impresso com perguntas que abrangiam caracterização da amostra, conhecimento e práticas/atitudes acerca da inter-relação estudada foi aplicado aos profissionais de saúde da APS, recrutados através da Coordenação de Saúde Bucal do município de João Pessoa. Em seguida, visando a implementação do fluxograma de atendimento integral no SUS, foram realizados treinamentos sobre o manejo clínico multiprofissional do paciente com diabetes. Com relação aos atendimentos odontológicos de pacientes com hipertensão e diabetes, foi verificado que houve um aumento estatisticamente significante de 0,2% e 0,3%, respectivamente, no percentual de indivíduos cadastrados na APS que tiveram atendimento odontológico (p<0,001), entre os anos de 2018 e 2019. Além disso, foi observado que os municípios com IDHM mais alto e com maior cobertura de saúde bucal tiveram mais probabilidade de terem um maior percentual de atendimentos odontológicos a pacientes com hipertensão e diabetes. Ao analisar o conhecimento dos profissionais da APS acerca da inter-relação diabetes e periodontite, foi observado que os cirurgiões-dentistas (CDs) apresentaram a maior média (7,46), comparado aos médicos (7,02) e enfermeiros (4,01), porém não houve diferença estatisticamente significante entre as médias de CDs e médicos. Em relação às práticas/atitudes, as médias para cada categoria profissional foram de 1,43 para CDs, 1,04 para médicos e 1,27 para enfermeiros, havendo diferença estatisticamente significante somente entre CDs e médicos. Esses resultados demonstram que há um baixo percentual de pessoas com hipertensão e/ou diabetes com atendimento odontológico na APS e a importância da educação permanente em saúde no setor público para atualizarem e nortearem as ações dos profissionais. Espera-se que a aplicação dos conhecimentos adquiridos nos treinamentos possa proporcionar uma abordagem mais completa dos pacientes com as comorbidades supracitadas, uma consequente melhora da sua qualidade de vida, com possível redução de custos médicos e odontológicos, relacionados ao melhor controle glicêmico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1222510 - EDSON HILAN GOMES DE LUCENA
Externo à Instituição - JOAO PAULO STEFFENS
Externo ao Programa - 1647161 - TALITHA RODRIGUES RIBEIRO FERNANDES PESSOA