PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANNA KARINA BARROS DE MORAES RAMALHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNA KARINA BARROS DE MORAES RAMALHO
DATA: 21/03/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório do PPGO
TÍTULO: Análise da oferta da Especialidade de Prótese Dentária no Centros de Especialidades Odontológicas brasileiros.
PALAVRAS-CHAVES: Atenção secundária à saúde; Prótese Dentária; Saúde Pública; Sistema Único de Saúde; Serviços de saúde bucal; Estudos transversais.
PÁGINAS: 82
RESUMO: A necessidade do uso próteses dentárias é epidemiologicamente relevante no Brasil, refeltindo na expansão da oferta da especialidade de Prótese Dentária (EPD) no setor público. Os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) estão dentre os serviços onde se pode encontrar a realização da reabilitação oral protética . Estudos abordando aspectos relacionados a desempenhos e fatores organizacionais nos CEO tem sido frequentemente encontrados, porém, sobre os CEO, em relação a EPD associando-se à aspectos estruturais e de processo de trabalho destes serviços , não tem se encontrado as possíveis associações.O objetivo geral deste estudo foi analisar a oferta da EPD nos CEO brasileiros . O estudo é de carácter transversal, quantitativo, de base nacional, em que foram desenvolvidos três planos de trabalho (P) com dados secundários e acesso público, do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicas (PMAQ-CEO) ciclo 2(P1,P2 e P3) e dados de produção de procedimentos protéticos ( no P3), extraídos dos SIA/SUS. O P1 objetivou identificar a oferta da EPD em CEO, caracterizando-os segundo aspectos organizacionais, amostra n= 1040 CEO. A variável dependente foi “ofertar a EPD” e as independentes, aspectos organizacionais de “processo de trabalho” e “estrutura”. Realizou-se análises de frequência e bivariada com um nível de significância p< 0,05%. Dentre 1040 CEO, 61,6% ofertavam a EPD, destes, caracterizaram-se 47,1% como “Tipo 2”, de abrangência municipal 69,0%, de gestão municipal/estadual 98,8%, que possuíam gerente 95,9% e sem pós-graduação em Saúde Coletiva/Gestão Pública 56,7%, 76,9% sem repasse do incentivo do programa entre todos os profissionais, em que, 84,3% praticavam planejamento e avaliavam ações, 89.8% receberam apoio para o planejamento, 89,3% monitoravam metas, 77% autoavaliavam-se, geriam lista de espera 92,2% e 77,7 % tinham conhecimento do percentual de absenteísmo . Associaram-se à oferta da EPD, ser Tipo 3, de gestão municipal/estadual, com gerente e pós-graduados em Saúde Coletiva / Gestão Pública, com práticas de planejamento, avaliação, monitoramento, atenção ao absenteísmo e aos resultados de ciclos anteriores do programa. Conclui-se que a oferta da EPD foi expressiva nos CEO, para uma especialidade não obrigatória nestes serviços. Caracterizou-se em possuir gerentes e foi associada a gerentes com pós-graduação em Saúde Coletiva/ Gestão Pública. O P2 objetivou verificar o nível de associação entre aspectos estruturais e de processo de trabalho em relação a oferta da EPD nos CEO. Amostra de n= 1040 serviços. A variável dependente foi “ofertar a EPD” e as independentes exploraram aspectos de “processo de trabalho” e “estrutura”. Utilizou-se a regressão logística de nível de significância 5% e intervalo de confiança 95%. Em 61,6% dos CEO apontou-se a oferta da EPD. Os CEO Tipo 3, apresentaram 3,78 vezes mais chances de ofertar EPD (OR = 3,78 (95%CI:1,90;7,49), os de gestão municipal/estadual, 8,40 vezes a mais que os de gestão universitária/acadêmica, OR = 8,40 (95%CI:1,94; 36,42). CEO sem planejamento e avaliação das ações, 1,83 vezes menos chances em ofertar a EPD, OR = 0,544 (95%CI: 0,356; 0,832) e aqueles participantes pela primeira vez, no ciclo 2, em relação aos participantes desde o Ciclo 1 e que usam seus resultados no Processo de trabalho, apresentaram 2,24 vezes menos chances em ofertar a EPD, OR = 0,446 (95%CI: 0,29 ; 0,671 ). Conclui-se sobre o nivel de associação entre as variávies dependes e independentes que os aspectos estruturais que podem influenciar positivamente a oferta da EPD foram as dimensões e a complexidade, que quanto maiores, maior potencial para realizar a oferta e quanto aos aspectos de processo de trabalho, a realização de planejamento e avaliação periódica. Em uma terceira análise, no P 3, objetivou-se caracterizar os CEO que ofertam a EPD hierarquizados segundo a relação produção de próteses e carga horária disponibilizada pelos CD que atuam nestes serviços na EPD e analisar associações entres os aspectos estruturais e processo de trabalho nestas unidades. Os critérios de inclusão para amostra eram que os CEO tivessem declarado na AVE, média mensal de próteses entregues, que tinham CD e suas respectivas cargas horárias semanais, e tivessem produções registradas no (SIA-SUS) durante o ano de 2018. A amostra n= 419 CEO. Considerou-se como variável dependente a posição do CEO diante da razão entre a média mensal de próteses entregues e a média da soma da carga horária semanal dos cirurgiões dentistas que atuavam na EPD . A média obtida para a razão foi 1,18 e empregada para dicotomizar este desfecho em “1= acima da média” e “0=abaixo da média”. Utilizou- se estatística descrititiva e regressão logística de nível de significância 5% e intervalo de confiança 95%. Dos CEO, 50,83 % apresentaram-se acima da média de 1,2 próteses entregues por hora semanal. Observando-se um perfil predominante de CEO que realizam procedimentos protéticos com ausência de Técnicos de Prótese Dentária em 54,2% nos serviços, de laboratórios de prótese em 53,0% e de microondas em condição de uso em 75,9%; 84,0% dos cirurgiõesdentistas pós graduados e onde 69,9% são na área de atuação; 81,1% dos CEO estavam informados sobre a fila de espera para protése dentária; 65,2% utilizavam cotas pré-definidas por equipe para o atendimento e 78,5% pactos de protocolos clínicos de orientação para o encaminhamento de pacientes, em 95,0% hávia a oferta de cirúrgias pré-protéticos; 96,7% realizam moldagem e entregavam as próteses 96,7% no próprio serviço; a Prótese Total foi ofertada em 99,8%; o número de sessões para sua confecção esteve abaixo do número orientado pelo MS em 67,3%; e a Prótese Fixa Unitária ofertada em apenas 13,4% dos CEO. Em relação a associação das variáveis e o desfecho do estudo, observou-se que CEO Tipo 2 diminui a chance em 40% vezes em estar acima da média de produção em relação a CEO Tipo 1, Cirurgião- Dentista que atua em na EPD e não tem mestrado ou doutorado (em qualquer área) aumenta 2, 22 vezes as chances em estar acima da média em relação a quem possui e não possuir microondas em condições de uso para confecção da prótese dentária, aumenta a chance em 1,61 vezes em estar acima da média em relação a quem tem. Já em relação ao número de sessões clinícas para confecão de Protése Totais, estar abaixo do parâmetro orientado pelo do MS (cinco sessões), aumenta a chance em 2,97 estar acima da média em relação a quem segue o parâmetro. Não ofertar Prótese Fixa Unitária, aumenta a chance em 1,94 vzes em estar acima da média de produção em relação ao serviço que a oferta. Concluiu-se que as variáveis que estavam associadas positivamente a produção de prótese pelo CEO se concentraram no processo de trabalho na forma de menor número de sessões para confecção de Protése Total e priorização da oferta de próteses totais removíveis.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1222510 - EDSON HILAN GOMES DE LUCENA
Interno - 1636121 - SIMONE ALVES DE SOUSA
Externo à Instituição - RAFAELA DA SILVEIRA PINTO