PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA (PPGEE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: LUANA CRISPIM SANTIAGO SOARES
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA CRISPIM SANTIAGO SOARES
DATA: 25/11/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório da STI/UFPB
TÍTULO: Estratégia de Gerenciamento de Microrrede Trifásica com Geração Híbrida Baseada em PV e Bateria
PALAVRAS-CHAVES: Microrrede trifásica; geração híbrida fotovoltaica/bateria; controle droop formador de rede; controle seguidor de rede; corte de carga; redução de geração PV; estado
de carga (SoC
PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Elétrica
RESUMO: A principio, microrredes não prescindiam de geração síncrona para impor referência de
tensão e frequência em momentos de ilhamento, no entanto, do ponto de vista prático,
a maioria das microrredes não dispõe deste tipo de geração. Quando operam de forma
ilhada, as estratégias de gestão de energia se tornam cruciais para que haja o correto
funcionamento de sua operação. Contudo, as fontes renováveis utilizadas em sistemas de
geração distribuída não possuem capacidade para compensar desbalanços entre a geração
e a demanda de carga, que causam desvios de tensão e frequência na microrrede. Em
visto disso, os sistemas de armazenamento de energia em baterias são inseridos para
auxiliar na regulação da microrrede por serem sistemas de resposta rápida e precisa. Este
armazenamento, além de contribuir no balanceamento entre geradores e demanda de carga,
oferece maior qualidade de energia, mitiga flutuações de tensão e regula a frequência da
rede. Ainda, podem ser conectados de forma individual ou junto à geração fotovoltaica
formando uma unidade híbrida, que possui a vantagem de ter maior custo-benefício. Na
microrrede utilizada neste trabalho, é adotada uma configuração híbrida baseada na geração
fotovoltaica e baterias, em que conversores CC-CC fazem a conexão desses elementos à
microrrede. Nesta disposição, adota-se um conversor boost conectado à fotovoltaica e um
conversor bidirecional buck-boost para realizar a interface da bateria com a microrrede,
permitindo seu processo de carga e descarga. Além disso, são aplicadas estratégias de
controle nestes conversores que levam em consideração a potência da geração, demanda de
carga e o estado de carga das baterias para que atuem de forma correta no balanceamento
da geração e demanda de carga em diferentes estados de operação da microrrede. Em
situações em que há pouca demanda de carga na microrrede, o conversor boost é capaz
de retirar a geração fotovoltaica do MPPT para que seja alcançado o balanceamento da
geração, enquanto que no cenário oposto é realizado o corte de carga. No modo conectado
à rede, o inversor de tensão trabalha como seguidor de rede, enquanto que no modo ilhado
atua como formador de rede através de um controle baseado em droop, caracterizado como
um método descentralizado. Este método é efetivo para gerenciamento de energia e se
torna atrativo por não depender de comunicação entre diferentes unidades de geração.
Desta forma, para atender todas as condições possíveis de operação da microrrede, a
estratégia apresentada neste trabalho possui as seguintes características:
1. Quando a demanda de carga da microrrede é menor que a geração PV, a bateria
absorve o excedente de potência;
2. Quando a demanda de carga da microrrede é maior que a geração PV, a bateria
injeta o excedente de potência;
3. Quando a demanda de carga da microrrede é menor que a geração PV e a bateria
está na potência limite de carga ou completamente carregada, a redução da geração
PV é realizada;
4. Quando a demanda de carga da microrrede é maior que a geração PV e a bateria
está na potência limite de descarga ou completamente descarregada, o corte de carga
é realizado.
O cenário de operação normal é descrito em 1 e 2 e, nessas circunstâncias, o conversor
bidirecional buck-boost é responsável por regular a tensão do barramento CC ao permitir
que a bateria injete ou absorva o excedente de potência, enquanto que a PV trabalha em
MPPT. No cenário 3, a PV sai do MPPT e se torna responsável por regular a tensão do
barramento CC. Em 4, a bateria se torna incapaz de regular a tensão do barramento CC,
portanto, para manter o equilíbrio da microrrede, deve-se realizar o corte de carga. Em
contraste com os métodos existentes, é proposto um método para corte de cargas baseado
na tensão do barramento CC, permitindo que a microrrede não dependa da estimativa de
frequência para desconexão de cargas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1652514 - CAMILA MARA VITAL BARROS
Interno - 1636976 - FABIANO SALVADORI
Externo à Instituição - FLÁVIO BEZERRA COSTA
Externo ao Programa - 1597497 - LUCIANO SALES BARROS