PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA (PROLING)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MATHEUS DE ALMEIDA BARBOSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATHEUS DE ALMEIDA BARBOSA
DATA: 29/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Via Plataforma Zoom
TÍTULO: PROCESSAMENTO DO PREPOSITION STRANDING EM ORAÇÕES RELATIVAS POR BRASILEIROS USUÁRIOS DE INGLÊS COMO L2
PALAVRAS-CHAVES: Preposition Stranding. Bilinguismo. Processamento Linguístico
PÁGINAS: 200
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO: Estudos em Psicolinguística e Bilinguismo investigam relações entre os conhecimentos das línguas na mente de usuários de L2 (COOK, 2016). Reconhece-se que tais relações podem ocorrer em vários níveis linguísticos, desde o fonológico até o pragmático, sendo a direcionalidade desses efeitos relatada na literatura em grande parte ocorrendo da L1 para a L2. Efeitos da L2 para a L1 também são encontrados, principalmente em populações bilíngues imersas na L2, com pouco ou nenhum uso da L1. No entanto, existem investigações (SOUZA et al, 2014) que mostram que mesmo em situação de não inversão de dominância, é possível encontrar efeitos da aquisição de uma L2 sobre a L1, em especial em estruturas sintáticas que não possuem equivalência entre elas, como sentenças resultativas (OLIVEIRA; SOUZA; OLIVEIRA, 2017) e alternância de movimento induzido (FERNÁNDEZ; SOUZA, 2016). Outra estrutura que apresenta diferenças entre o português brasileiro (PB) e o inglês é o Preposition Stranding (PSt) (ROSS, 1967; RIEMSDIJK, 1978; HORNSTEIN; WEINBERG, 1981), que ocorre, entre outras estruturas, em orações relativas preposicionadas. No PSt há a movimentação do objeto de uma preposição para encabeçar a oração relativa enquanto a preposição permanece no seu local de origem. Descrições sobre a relativização no PB (TARALLO, 1983) não admitem este tipo de construção, considerando-as agramaticais, enquanto no inglês o uso desta estrutura é muito produtivo em situações de fala. Desta forma, buscamos investigar como ocorre o processamento do Preposition Stranding em orações relativas preposicionadas por brasileiros falantes de inglês como L2. Através de três experimentos, uma leitura automonitorada em inglês, uma leitura automonitorada em português, e um julgamento de aceitabilidade imediato também em português, encontramos resultados indicativos que bilíngues avançados de PB-inglês: (i) processam o Preposition Stranding de maneira semelhante a nativos de inglês, sob determinadas condições; (ii) processam o Preposition Stranding em PB de maneira menos custosa que monolíngues de PB; e, (iii) demonstram maior aceitabilidade para Preposition Stranding em PB que monolíngues de PB. Tais resultados sugerem a existência de efeitos causados pela presença do bilinguismo influenciando o processamento da L1, bem como são compatíveis e discutidos através propostas que admitem a existência de relações entre os conhecimentos linguísticos das línguas do bilíngue em sua mente (COOK, 2016; AMARAL; ROEPER, 2014), bem como consideram que diferenças individuais (DUSSIAS et al, 2019) podem agir durante tarefas de processamento.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CANDIDO SAMUEL FONSECA DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - GITANNA BRITO BEZERRA
Interno - 1572304 - JOSE FERRARI NETO
Presidente - 1532485 - MARCIO MARTINS LEITAO
Externo à Instituição - PÂMELA FREITAS PEREIRA TOASSI
Interno - 1681711 - ROSANA COSTA DE OLIVEIRA