PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA (PROLING)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ALDENOR RODRIGUES DE SOUZA FILHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALDENOR RODRIGUES DE SOUZA FILHO
DATA: 29/09/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório 411
TÍTULO: A língua tupi não morreu, tá viva correndo nas veias”: o processo de revitalização da língua tupi à luz da Política e do Planejamento Linguístico
PALAVRAS-CHAVES: revitalização; língua minoritária; planejamento linguístico; política linguística; língua tupi
PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO: O fato de que as linguas minoritarias estao, cada vez mais, em um processo de desaparecimento e um fenomeno global que esta recebendo mais reconhecimento nos ultimos anos. No Brasil, a crenca na visao de que estamos em um pais monolingue impetra motivos para reforcar o desconhecimento das linguas indigenas e, por extensao, de que somos um pais multilingue (MAHER, 2010). No Estado da Paraiba, conseguimos identificar que o povo indigena Potiguara desenvolve acoes no sentido de revitalizar a lingua tupi. A partir do exposto, nossa pesquisa tem como objetivo geral analisar as crencas sobre a lingua tupi por parte de professores, gestores e da lideranca indigena, e analisar as praticas de um professor em um contexto escolar especifico, em uma comunidade indigena, no ambito do ensino formal escolar, ambas alinhadas a discussao da revitalizacao da lingua tupi. Partimos dos pressupostos teoricos do Planejamento Linguistico de Cooper (1989) e, especificamente, sua visao de Planejamento de Aquisicao por entender que a escola e um espaco importante para a revitalizacao de uma lingua, e da visao de Politica Linguistica de Spolsky (2004, 2009, 2012) para explorar a dimensao das crencas, bem como do componente da pratica de acao do professor como agente primordial nas escolhas tomadas para situar esforcos deliberados para revitalizar a lingua tupi. O nosso objetivo foi operacionalizado a partir de escolhas metodologicas que concernem a entrevista semiestruturada a quatro professores de lingua tupi de diferentes aldeias do povo Potiguara na Paraiba, o coordenador pedagogico e a diretora da escola, bem como a cacique da aldeia. Como proximo passo, afinamos a investigacao em relacao a realidade de uma escola indigena na aldeia de Monte Mor, em Rio Tinto, Paraiba. Desta forma, temos a intencao de averiguar com maior riqueza de detalhes como a revitalizacao da lingua tupi acontece neste contexto. Neste contexto, fizemos observacoes nao-participativas em 12 aulas de um professor em duas turmas, uma de sexto ano e outra setimo ano, durante quatro semanas. A analise qualitativa de nossos esta baseada no paradigma interpretativista. A partir dos dados, identificamos a lingua tupi com uma forte conexao com a identidade etnica e da cultura do povo Potiguara Tambem, observamos uma conexao da lingua tupi com a crenca de que pode ser vista como uma arma. Em relacao as aulas, consideramos relevante indicar que, em nossa analise, percebemos que o professor apresenta uma visao de lingua associada a um sistema. Desta forma, a lingua minoritaria tupi e a majoritaria portuguesa estao sempre em uma disputa de forcas nas aulas do professor por usar da traducao como sua principal ferramenta de ensino de uma lingua. A guisa de consideracao final, identificamos que ha, por parte do povo Potiguara, um objetivo de reaquisicao da lingua tupi que se alinha a perspectiva de discussao da revitalizacao de uma lingua minoritaria.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2733966 - SOCORRO CLAUDIA TAVARES DE SOUSA
Interno - 2307716 - MARIA DEL PILAR ROCA ESCALANTE
Interno - 1285220 - REGINA CELI MENDES PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 1657457 - ANDREA SILVA PONTE
Externo ao Programa - 2423105 - JOSETE MARINHO DE LUCENA