O objetivo geral desta pesquisa foi de analisar em que medida os processos de auditoria interna têm se constituído como fonte de informação para o conhecimento organizacional em uma IFES. O marco teórico foi estruturado em quatro partes: (1) discussão sobre conhecimento organizacional, (2) teoria da criação do conhecimento organizacional, (3) o controle da administração pública no Brasil e (4) auditorias internas governamentais. Quanto à caracterização da pesquisa, apresentou um aspecto multidisciplinar, descritiva, indutiva, qualitativa, em que se adotou a estratégia de estudo de caso, e como instrumento, os documentos existentes. O contexto do estudo de caso foi o da Universidade Federal da Paraíba, uma vez que se analisaram os relatórios das auditorias internas realizadas pela Coordenação de Controle Interno dessa Universidade, considerando as áreas auditadas, no mínimo, por dois anos consecutivos ou não, no período de 2008 a 2010. Para a análise dos dados, utilizou-se o procedimento de análise de conteúdo de Laurence Bardin (2011), cujas recomendações foram identificadas em nota de auditoria, falha operacional e ressarcimento ao erário. Logo depois, essas recomendações foram classificadas e contadas de acordo com o seu tipo, por área auditada e por Unidade Gestora recomendada para cada área auditada para, em seguida, verificar-se se foram reincidentes. Os resultados mostraram que: as recomendações do tipo falha operacional são em maior incidência e reincidência, demonstrando que as atividades buscam zelar pelos recursos públicos; os níveis de incidência e reincidência variam de acordo com as áreas auditadas e as Unidades Gestoras recomendadas, portanto, há uma incidência maior das recomendações à medida que mais Unidades Gestoras foram auditadas em uma mesma área; a aprendizagem organizacional tem existido, a partir das informações contidas nas recomendações, que serviram para a correção de falhas e de desvios, o que alavancou o conhecimento organizacional; e por fim, a maioria das auditorias internas tem sido uma fonte de informação para o conhecimento organizacional, pelo fato de grande parte das recomendações consignadas nos relatórios terem sido implementada até a auditoria subsequente. Isso ratifica que a informação, pela ação e pela atitude, transformou-se em conhecimento.