A formação médica brasileira passa por transformações para nivelar-se à contemporaneidade da globalização na sociedade do conhecimento. As novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) almejam a constituição de profissionais, cujo perfil de habilidades e competências lhes permita intervir no exercício profissional de forma crítica, coletiva e integradora. São necessárias mudanças teóricas e nos cenários de prática dos processos de ensino-aprendizagem, tendo em vista estimular melhorias na educação médica. Nesse contexto a Educação Médica a Distância (EMaD), se insere intimamente nos pressupostos das novas DCN’s para incrementar as mudanças curriculares em sintonia com as necessidades de saúde da população. Entre outras iniciativas, a Educação Médica a Distância (EMaD) busca divulgar o conhecimento produzido nos grandes centros para profissionais de áreas mais remotas ou com reduzida disponibilidade de tempo. Tendo como pressuposto que a Sociedade do Conhecimento requer a formação inicial e continuada de profissionais e de cidadãos com um novo conjunto de competências para atuar com eficiência e responsabilidade, os métodos à distância devem ser desenvolvidos com base em abordagens pedagógicas que efetivem, além dos conteúdos de ensino, a disposição para a pesquisa, a autonomia na busca da informação, o espírito colaborativo e a postura ética, entre outras. Com base nessa reflexão, este estudo de natureza exploratória e descritiva teve por objetivo mapear a utilização da EaD na medicina brasileira. Diagnostica-se a subutilização desta, apesar de iniciativas de foro privado em educação médica continuada pelas sociedades médicas. Incentiva-se a estimulação, por parte dos gestores, e o avanço da apropriação das técnicas de EaD na formação médica brasileira. Mesmo tendo caráter exploratório, esta pesquisa aponta a necessidade de estudos prospectivos para conhecer os impactos dos incentivos à inserção da EaD no ensino médico brasileiro como qualidade de egressos