PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO NAS ORGANIZAÇÕES APRENDENTES (MPGOA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Phone
Not informed

News


Banca de DEFESA: GERMANO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GERMANO DE OLIVEIRA
DATA: 29/07/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência: https://meet.google.com/viy-mfjm-usb
TÍTULO: EXPOSIÇÃO AO RUÍDO OCUPACIONAL ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE BUCAL DE UM SERVIÇO ODONTOLÓGICO UNIVERSITÁRIO
PALAVRAS-CHAVES: Ruído Ocupacional. Prevenção e Controle. Saúde do Trabalhador. Perda Auditiva Provocada por Ruído. Odontologia.
PÁGINAS: 127
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: INTRODUÇÃO: Um programa de saúde e segurança no trabalho tem como objetivo identificar as situações que podem afetar a integridade física e mental dos trabalhadores. O ruído (ocupacional é definido como qualquer som indesejável ou desagradável produzido em ambientes de trabalho. Dentre os trabalhadores que sofrem a influência de ruído ocupacional estão os profissionais de odontologia. Há evidências de que as clínicas, os consultórios e os laboratórios odontológicos apresentam elevados níveis de pressão sonora, que podem acarretar, com o tempo, comprometimento à saúde auditiva dos profissionais expostos. No Brasil, entre as normas de higiene ocupacional que contempla esses riscos destacam-se a Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO 01) e a Norma Regulamentadora 15 (NR 15), que preconiza que um ambiente de trabalho será considerado de risco para perda auditiva quando ultrapassa o nível de intensidade de 85 dB(A) para uma jornada de 8 horas de trabalho. Nesta dissertação, o relato dos resultados e a discussão foram apresentados sob a forma de dois artigos: o primeiro enquadra-se na categoria de revisão sistemática da literatura, cujo objetivo foi identificar a produção científica publicada de janeiro de 2010 a dezembro de 2020 sobre exposição ao ruído ocupacional entre profissionais de odontologia. O segundo artigo preenche os critérios de um artigo original, com relato da pesquisa de campo realizada durante o mestrado, a partir de uma investigação aplicada sobre a exposição de profissionais de odontologia da unidade de saúde bucal de um hospital universitário. OBJETIVOS: O objetivo geral foi avaliar evidências da literatura científica enfocando a exposição ocupacional de equipes de odontologia ao ruído no ambiente de trabalho, assim como se essa exposição representa um risco para profissionais da Unidade de Saúde Bucal do Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, Paraíba, Brasil. Como objetivos específicos, buscou-se identificar a produção científica sobre exposição ao ruído ocupacional entre profissionais de odontologia de janeiro de 2010 a dezembro de 2020; verificar a avaliação subjetiva das fontes de ruído e sintomas relacionados ao dano auditivo no ambiente de trabalho; examinar objetivamente a exposição de profissionais ao ruído do ambiente de trabalho; e avaliar se as medidas de dosimetria do ruído estão dentro dos limites preconizados nas normas regulamentadoras nacionais sobre risco ocupacional auditivo. MÉTODOS: No primeiro estudo, realizou-se uma revisão sistemática da literatura, a partir das bases SciELO, LILACS, MEDLINE, Scopus e Web of Science. A estratégia de busca consistiu na combinação de Ruído AND Ocupacional AND Odontologia. O segundo estudo seguiu modelo observacional e transversal, realizado na Unidade de Saúde Bucal (USB) do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW). A variável primária compreendeu medidas descritivas relacionadas à dosimetria do ruído, estimativa do nível de exposição dos profissionais aos sons no ambiente de trabalho na USB durante uma jornada de 8 horas de trabalho, o que significa a exposição a diferentes níveis de pressão sonora. Foram determinados os seguintes indicadores da exposição: (a) Nível de Exposição Normalizado (NEM), com fatores de duplicação de pautados na NR 15 (q=5) referentes e à NHO 01 (q=3); (b) Nível Equivalente (NE); (c) Nível Médio (NM) e limites máximo e mínimo (LMin; LMax). Os valores foram calculados de acordo com equações matemáticas preconizadas pela NR 15. Como instrumento de medição, foram utilizados dois dosímetros de ruído modelo DOS-1000X digital com faixa de medição 35 a 140 dB, equipamentos específicos para avaliação do ruído ambiental, com ponderação de frequência “A”. As variáveis secundárias foram as sociodemográficas e variáveis referentes às características do trabalho, bem como as resultantes do autorrelato dos participantes sobre sua apreciação subjetiva sobre as fontes de maior ruído no ambiente de trabalho e sintomas relacionados a danos à função auditiva. RESULTADOS: No estudo de revisão sistemática da literatura, a principal fonte foi a MEDLINE, onde se localizaram 9 estudos dos 14 incluídos, em sua maioria, internacional. Observou-se que 7 dos 14 estudos revelaram níveis de ruído dentro dos limites aceitáveis para a saúde auditiva dos profissionais, enquanto os outros 7 evidenciaram elevada intensidade de ruído l promovido pelos equipamentos odontológicos. Os estudos evidenciaram maior intensidade de ruído afetando auxiliares de saúde bucal, além de incidir mais em áreas de próteses e cirurgias e originada de motores de alta velocidade, aparelhos de sucção e escarificadores ultrassônicos. No estudo de campo, a amostra foi predominantemente composta por profissionais do sexo feminino, 60% de 31 a 50 anos e com ensino superior e especialização, 70% em regime de trabalho celetista, 40% na categoria de cirurgião buco-maxilo-facial, 53,3% com carga horária de 30 horas e entre quatro e oito anos de tempo de serviço na USB, 53,4% com 12 a 30 anos de experiência no cargo e 30% nuca realizaram exame de audiometria. Nenhum dos participantes usava equipamentos protetores auditivos. Os níveis mais elevados, ultrapassando 85 dB(A), foram observados no laboratório de prótese dentária. Os valores observados nas dosimetrias reveladas pelos medidores integradores afixados nos 25 profissionais estavam abaixo do limite de tolerância de oito horas. Os participantes revelaram que os sistemas que visam à obtenção de condições específicas do ar nos ambientes da unidade, ou à renovação do ar, foram considerados os aparelhos mais ruidosos, segundo a apreciação subjetiva dos 25 profissionais. Entre os equipamentos odontológicos propriamente ditos, peças de mão de alta rotação e sugadores de saliva foram os mais frequentemente implicados pelos profissionais. CONCLUSÕES: Houve uma produção científica exígua sobre avaliação do ruído ambiental em locais de trabalho odontológico nos últimos 10 anos, com escasso número de estudos descritivos e de baixo nível de evidência científica, havendo necessidade de mais pesquisas. No estudo de campo, os resultados revelaram que as intensidades do ruído do ambiente onde eles se encontravam não ultrapassaram o limite de tolerância de oito horas preconizado pelas normas regulamentadoras brasileiras. Contudo, os limites máximos alcançaram níveis de pressão sonora cerca de 20% acima do limite permissível segundo as normativas vigentes. Tais níveis mais elevados foram observados no laboratório de próteses. Portanto, os profissionais da USB não parecem expostos a níveis normativa e clinicamente associados ao comprometimento da função auditiva.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1117944 - RILVA LOPES DE SOUSA MUNOZ
Interno - 1203616 - GUILHERME ATAIDE DIAS
Interno - 337147 - MARIA DE FATIMA FERNANDES MARTINS CATAO
Externo ao Programa - 7336868 - EDUARDO SERGIO SOARES SOUSA
Externo ao Programa - 6337281 - FABIO CORREIA SAMPAIO