PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E ENSINO (MPLE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: SORAYA GONÇALVES CELESTINO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SORAYA GONÇALVES CELESTINO DA SILVA
DATA: 05/10/2015
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 515 - CCHLA
TÍTULO: Avaliação da Língua Portuguesa para o aluno surdo a partir de algumas experiências em escolas públicas municipais em Pernambuco.
PALAVRAS-CHAVES: Aluno Surdo, Produção Textual, Avaliação
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Lingüística Aplicada
RESUMO: Este trabalho discorre sobre a avaliação da língua portuguesa para o aluno surdo, a partir de algumas experiências em escolas públicas municipais de Pernambuco. Sabemos que a educação do surdo passou por um grande processo evolutivo até chegar aos dias de hoje, vê-se um avanço na legislação, o aporte que assegura a presença do intérprete em sala de aula e o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua (L1). Em relação ao processo avaliativo a lei garante-lhes uma avaliação coerente e concisa. E ao professor cabe elaborar estratégias avaliativas para atender a especificidade desses alunos. Nesse sentido, elegemos como objetivo geral analisar as concepções e estratégias utilizadas pelos professores da rede pública municipal de Olinda e Paulista para a avalição dos alunos surdos. Nessa direção, nossa pesquisa tem como base teórica alguns estudiosos que falam sobre a avaliação, tais como: Fernandes e Freitas (2007); Sant’anna (1995); Brasil (1996, 1997, 2003, 2006, 2005); Vasconcelos, M.M (2009); Luckesi (1992 1996); Both (2012) e Demo (2010); enquanto àqueles que defendem a Língua Portuguesa como L2, nos apoiamos em Quadros (1997, 2006, 2011); Skliar (1997); Salles (2004); Freire (1998) e para os que defendem a avaliação da L2: Hoffmann (1994, 2009, 2013, 2014); Russel & Airasian (2014); Thomas e Kleim (2009); Camillo (2009) dentre outros. Como metodologia elegemos um estudo embasado na abordagem qualitativa interpretativa de caráter descritivo, tivemos como instrumentos de coleta de dados entrevistas semiestruturada com professores de sala regular e produção textual de alunos surdos e ouvintes. Já na análise dos dados utilizamos a análise do conteúdo na perspectiva de Bardin (2011). Nossos sujeitos da pesquisa foram três professores de língua portuguesa, dos quais dois não possuem fluência em Libras, distribuídos em três turmas regulares do 5º ano do Ensino Fundamental, um em Olinda e dois em Paulista. Além disso, tivemos três alunos surdos, sendo estes bilíngues, em aprendizagem da L1 e L2, na faixa etária de 12 a 17 anos e três alunos ouvintes. Os resultados das entrevistadas da pesquisa apontaram que a maioria dos professores, apesar de afirmarem que utilizam adaptações nas atividades dos alunos surdos, como estratégias, sentem dificuldades em avaliar uma turma inclusiva e se definem como sendo despreparados. As analises das produções textuais dos alunos surdos e ouvintes indicam que as concepções e estratégias de avaliação utilizadas na sala inclusiva, em sua maioria, estão pautadas na concepção do ensino da língua portuguesa como L1 e seu tipo ainda é somativa, já às estratégias para aplicação da avaliação dos surdos se restringem a sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Esperamos que os dados encontrados contribuam para o professor repensar o planejamento e a elaboração das atividades avaliativas dos surdos de acordo com a concepção de Língua Portuguesa como L2, para que a avaliação dessa escrita ocorra processualmente valorizando a relação semântica, as especificidades educacionais e reconheça a singularidade linguística dessa língua para o surdo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338142 - EVANGELINA MARIA BRITO DE FARIA
Externo ao Programa - 338330 - MARIA CRISTINA DE ASSIS
Interno - 1227208 - MARIANNE CARVALHO BEZERRA CAVALCANTE