PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: DAIENE MARTINS LUNGUINHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAIENE MARTINS LUNGUINHO
DATA: 29/02/2012
HORA: 08:00
LOCAL: Centro de Biotecnologia
TÍTULO:

Estudo dos efeitos antitumorais e toxicológicos do óleo essencial das folhas de Xylopia frutescens (Annonaceae)


PALAVRAS-CHAVES:

Xylopia frutescens. Atividade antitumoral. Toxicidade. Óleo essencial.


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

O câncer é uma doença do material genético de nossas células, cuja iniciação e progressão envolvem passos nos quais o DNA acumula uma série de mutações. Esta enfermidade é responsável por mais de 7,6 milhões de óbitos por ano, o que representa 13 % de todas as causas de morte do mundo. Muitas drogas usadas atualmente na quimioterapia foram isoladas de espécies de plantas ou derivadas de um protótipo natural. Todavia, agentes antineoplásicos, naturais ou sintéticos, podem ocasionar sérios danos ao organismo, justificando a necessidade de avaliação de sua toxicidade. O gênero Xylopia é considerado um dos maiores entre as Annonaceae, com cerca de 160 espécies, com distribuição pantropical. As espécies desse gênero são conhecidas por seus usos etnomedicinais e atividades farmacológicas. Xylopia frutescens Aubl., conhecida popularmente por “embira”, “semente-de-embira” e “embira-vermelha”, é pouco relatada na literatura tanto do ponto de vista fitoquímico como farmacológico. Estudos relatam que espécies de Xylopia e diferentes constituintes delas isolados apresentam atividade antitumoral in vitro e in vivo por diferentes mecanismos de ação, fato que desperta interesse para a investigação de uma possível atividade antitumoral de Xylopia frutescens Aubl. Adicionalmente, óleos essenciais isolados de diferentes espécies, são conhecidos por apresentarem diferentes atividades biológicas, dentre elas atividade antitumoral. Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e toxicidade do óleo essencial das folhas de X. frutescens (O.E.X.F.), por meio de ensaios in vitro e in vivo. Inicialmente foi avaliada a atividade antitumoral in vitro frente células da linhagem sarcoma 180. O valor de CI50 obtido por meio do ensaio de redução do MTT foi de 216,6 (211,8 – 221,5) µg/mL. O valor de CL50 obtido no bioensaio com Artemia salina para o O.E.X.F., por sua vez, sendo menor que 1.000 µg/mL, o produto em estudo será considerado bioativo. O valor de CH50 obtido no experimento de citotoxicidade frente eritrócitos de camundongos foi 63,87 µg/mL, provando ser o O.E.X.F. um composto hemolítico, sugerindo que a sua citotoxicidade está relacionada a capacidade de produzir danos a membrana eritrocitária. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo as taxas de inibição do crescimento tumoral foram de 45,09 % e 65,99 % para a dose de 100 mg/kg e 150 mg/kg do O.E.X.F., respectivamente. As análises toxicológicas demonstraram toxicidade hematológica e gastrintestinal, sendo esta última, evidenciada pelo efeito anoréxico, motivado possivelmente por mecanismo central. Ocorreu também alteração significativa na função hepática, evidenciada por aumento de AST, que poderá ser corroborada com a análise

histopatológica, para ambos os grupos tratados com o O.E.X.F. No entanto, tais alterações poderão ser consideradas reversíveis e não substanciais quando comparadas àquelas produzidas por diversos antineoplásicos largamente utilizados na clínica médica. Portanto, é possível inferir que o O.E.X.F. apresenta atividade antitumoral in vitro e in vivo, porém com toxicidade moderada. Sendo assim, necessita-se de estudos controlados, que possam contribuir para a elucidação de possível risco do seu uso, pela população, com fins terapêuticos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 338029 - HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
Presidente - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL CASTELLO BRANCO
Externo ao Programa - 1217065 - TERESINHA GONCALVES DA SILVA