PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
No Informado

Noticias


Banca de DEFESA: DIÉGINA ARAUJO FERNANDES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIÉGINA ARAUJO FERNANDES
DATA: 13/08/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Link: meet.google.com/cep-odmd-wur
TÍTULO: Estudo fitoquímico e biológico de Helicteres velutina K. Schum (Sterculiaceae) frente aos estágios de desenvolvimento do Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae).
PALAVRAS-CHAVES: Helicteres velutina K. Schum; Sterculiaceae; Estudo fitoquímico; Atividade biológica; Aedes aegypti L.
PÁGINAS: 249
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: Aedes aegypti é o vetor de doenças emergentes e negligenciadas, como dengue, chikungunya e zika. Helicteres velutina popularmente conhecida como ‘pitó’, é uma espécie endêmica do Brasil, tradicionalmente utilizada pela tribo indígena Pankararé/Raso da Catarina/Bahia, como repelente de insetos. O presente trabalho teve por objetivo isolar os fitoconstituintes da espécie H. velutina e avaliar o seu potencial inseticida e repelente frente ao Ae. aegypti. O extrato etanólico bruto (EEB) das partes aéreas de H. velutina foi submetido a uma cromatografia liquido-liquido com hexano, diclorometano, acetato de etila e n-butnaol, obtendo suas respectivas fases. Foi realizado um screening biológico dessas fases frente aos estágios do ciclo de vida do mosquito. A viabilidade dos ovos foi avaliada utilizando diferentes concentrações das substâncias teste durante 25 dias, a sobrevivência de larvas, pupas e adultos foi verificada após 48 e 72 horas. O estudo fitoquímico das fases promissoras in vitro foi realizado usando técnicas cromatograficas clássicas e hifenadas, além dos métodos espectroscopicos (RMN 1D/2D, IV e LCMS), resultando no isolamento e identificação de doze constituintes químicos, entre eles dois flavoinoides sulfatados inéditos na literautura (mariahine e condadine). As moléculas isoladas desta espécie foram submetidas a um screening in silico, utilizando dominio de aplicabilidade e docking molecular com proteinas alvo do vetor (1YIY, 1PZ4 e 3UQI), as substâncias com maior probabilidade de ligação, foram testadas in vitro frente a larvas de Ae. aegypti. A repelência do extrato, fases e substâncias foi avaliada com um olfatômetro de tubo Y. A atividade citotóxica foi avaliada por meio da microscopia de fluorescência e marcação com iodeto de propideo, avaliando a produção dos hemócitos e concentração de óxido nitrico. O screening biológico mostrou que as fases hexano e diclorometano exibiram melhores resultados, causando inviabilização de 72,7% e 67,7% dos ovos; CL50 de 3,88 e 5,80 mg/mL para larvas; 0,12 mg/mL e 8,85 mg/mL para pupas; 8,01 mg/mL e 0,74 mg/mL para adultos (teste tarsal), 0,05 mg/mL e 0,23 mg/mL (teste corporal), respectivamente. O tilirosideo e 7,4’-di-O-metil-8-O-sulfato flavona mostraram atividade larvicida, com CL50 de 0,275 mg/mL após 72 h e 0,182 mg/mL após 24 h de exposição, respectivamente. A fase diclorometano e a 7,4’-di-O-metil-8-O-sulfato flavona no teste de repelência e atividade citotóxica foram mais promissoras, observando-se a presença de plasmócitos, levando a sugerir que esses seriam os hemócitos responsáveis pela maior produção de óxido nitrico nas larvas tratadas, atuando como agente de defesa. Esse é o primeiro relato de flavonoides sulfatados na família Sterculiaceae, foi possível comprovar que a presença do grupo sulfato (OSO3H) no C-8 foi crucial na atividade larvicida. Esses achados proporcionam uma melhor compreensão da atividade inseticida e repelente de H. velutina frente ao Ae. aegypti, dados que permitem vislumbrar o desenvolvimento de um produto natural mais eficaz no combate ao vetor que os repelentes alopáticos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1629242 - DANIELLY ALBUQUERQUE DA COSTA
Interno - 166.544.038-43 - LUCIANA SCOTTI - USP
Interno - 1117945 - MARCIA REGINA PIUVEZAM
Presidente - 337333 - MARIA DE FATIMA VANDERLEI DE SOUZA
Externo à Instituição - RENATA MENDONÇA ARAUJO