PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA COGNITIVA E COMPORTAMENTO (PPGNEC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LÍDIA REZENDE ENCIDE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LÍDIA REZENDE ENCIDE
DATA: 17/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: On line
TÍTULO: ASSIMETRIA CEREBRAL NO RECONHECIMENTO DE EXPRESSÕES FACIAIS DE BAIXA INTENSIDADE EMOCIONAL EM CONDIÇÕES DE LONGA OBSERVAÇÃO: UM EXPERIMENTO ONLINE
PALAVRAS-CHAVES: Emoção; Expressões faciais; Assimetria; Processamento analítico.
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Experimental
ESPECIALIDADE: Estados Subjetivos e Emoção
RESUMO: A assimetria cerebral para o reconhecimento de faces emocionais tem sido muito estudada nos últimos anos. Atualmente, existem três teorias sobre o processamento emocional. A primeira delas, a hipótese do hemisfério direito, afirma que este hemisfério apresenta uma superioridade na produção e percepção de todas as expressões faciais emocionais. A hipótese de valência defende uma superioridade do hemisfério esquerdo para emoções positivas e do hemisfério direito para as negativas. A hipótese de valência modificada defende que o hemisfério direito é especializado para as emoções negativas, enquanto que ambos realizam o processamento de emoções positivas. Entretanto, parte dessas pesquisas apresentam resultados contraditórios acerca do envolvimento dos hemisférios cerebrais no processamento emocional. Objetivo: No presente estudo, buscou-se avaliar como os hemisférios cerebrais comparam e identificam diferentes expressões faciais de emoções com baixa intensidade emocional em voluntários saudáveis. Método: Participaram do estudo um total de 70 indivíduos. Cada participante foi submetido à tarefa experimental online de avaliação de expressões faciais de alegria, nojo, raiva e tristeza. As faces eram apresentadas em pares, sendo uma face à esquerda e outra à direita do ponto de fixação, e variavam com relação à intensidade emocional (0, 5, 10 e 15%). Após a apresentação de cada par, os participantes deveriam indicar o lado (esquerdo ou direito) em que havia sido apresentada a face de maior intensidade emocional. Resultados: O teste de Wilcoxon indicou que os participantes apresentaram maiores índices de acerto e menores tempos de reação na avaliação de tristeza e raiva quando eram as faces de maior intensidade emocional eram apresentadas à direita em comparação com à esquerda do ponto de fixação (p<0,05). A análise estatística também indicou que, para os pares de mesma intensidade emocional, houve a tendência de se considerar a expressão de nojo apresentada à direita como mais intensa do que a apresentada à esquerda do ponto de fixação (p=0,004). Conclusão: Tomados em conjunto, os resultados indicam haver uma vantagem do hemisfério esquerdo no reconhecimento de emoções faciais. O presente estudo não oferece suporte a hipótese do hemisfério direito ou a hipótese da valência e suas variações, em face da vantagem encontrada para o reconhecimento de raiva e tristeza no campo visual direito (hemisfério esquerdo). O estudo é relevante por evidenciar que os efeitos da assimetria cerebral na avaliação de emoções faciais encontram-se presentes mesmo em situações menos controladas, como em um estudo online, além de contribuir para a elaboração de métodos mais adequados em estudos futuros da assimetria cerebral.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1657913 - NELSON TORRO ALVES
Externo à Instituição - ALLAN PABLO DO NASCIMENTO LAMEIRA
Externo à Instituição - RICARDO BASSO GARCIA