PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA COGNITIVA E COMPORTAMENTO (PPGNEC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FRANCISCO BENTO DA SILVA FILHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO BENTO DA SILVA FILHO
DATA: 14/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Via Google Meets: https://meet.google.com/fnz-wacw-bdv
TÍTULO: O uso da maconha entre estudantes universitários e seus efeitos no controle inibitório – perspectiva neurofenomenológica.
PALAVRAS-CHAVES: substâncias psicoativas, maconha, funções executivas, controle inibitório, neurofenomenologia
PÁGINAS: 116
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Fisiológica
ESPECIALIDADE: Estimulação Elétrica e com Drogas; Comportamento
RESUMO: A Cannabis sativa ou cânhamo da Índia, maconha popularmente, é um arbusto da família Moraceae, sua utilização medicinal, em rituais ou recreativa data de milhares de anos. Estudos relacionam o uso de Cannabis na adolescência a comportamentos socialmente problemáticos, baixo desempenho acadêmico e neurodesenvolvimento atípico. Compreendido como uma função executiva, o controle inibitório tem a capacidade de inibir com sucesso um comportamento inadequado ou desadaptativo. Em relação ao controle inibitório, os prejuízos decorrentes do uso da Cannabis podem se fazer presentes nos diversos estágios de uso: inserção, dependência, manutenção, abstinência e recaída. O objetivo desta pesquisa foi efetuar levantamento epidemiológico do uso de substâncias psicoativas por alunos da graduação da UFPB, a partir dos 18 anos, campus I. Em face da pandemia da covid-19, decretada em março de 2020, a avaliação dos efeitos do uso da Cannabis no controle inibitório dos participantes deu-se pelo levantamento de estudos em uma revisão de escopo. A perspectiva neurofenomenológica, por idêntico motivo, está apresentada num levantamento teórico acerca das ciências cognitivas, seu diálogo com a fenomenologia e seu processo de naturalização, com a proposição de dois experimentos futuros. O estudo epidemiológico é transversal, descritivo, quantitativo e observacional; utilizou-se o ASSIST - Alcohol,Smoking and Substance Involvement Screening Test e questionário sociodemográfico, encaminhados de forma virtual. Os dados foram analisados pelo SPSS, versão 24.0. Participaram da pesquisa 321 aluno(a)s, distribuídos entres todos os treze Centros da UFPB. Os resultados confirmaram a prevalência do uso de Cannabis no rol de substâncias ilícitas; apontaram o uso precoce da substância, constatou-se expressivo percentual de usuários em momento de consumo abusivo e indicativo de dependência, com repercussões na qualidade da atuação discente, permanência ou evasão nas graduações e na saúde mental desse segmento acadêmico. A revisão de escopo evidenciou que o uso de Cannabis pode levar a prejuízos nas funções cognitivas, com relevo ao controle inibitório e a depender da dose, tempo de uso, frequência e idade inaugural de utilização. A Neurofenomenologia ressalta que o consumo de substâncias psicoativas é experiência que interage com o corpo físico, com as estruturas cerebrais, repercute na percepção e dialoga com o mundo em entonações afetivas e relações simbólicas; acessíveis apenas aos relatos de primeira pessoa, mas que podem dialogar com os estados observáveis em terceira pessoa, a partir da cognição incorporada e seus instigantes desafios. As limitações da pesquisa decorreram do fenômeno da pandemia da covid-19 e seus desdobramentos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2115773 - LIANA CLEBIA DE MORAIS PORDEUS
Interno - 1668545 - ANNA ALICE FIGUEIREDO DE ALMEIDA QUEIROZ
Interno - 1668604 - LUIZ CARLOS SERRAMO LOPEZ
Externo à Instituição - ANA MARIA COUTINHO DE SALES
Externo à Instituição - SYMONE FERNANDES DE MELO