PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA COGNITIVA E COMPORTAMENTO (PPGNEC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MILENA EDITE CASÉ DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MILENA EDITE CASÉ DE OLIVEIRA
DATA: 23/08/2023
HORA: 13:30
LOCAL: https://meet.google.com/hpg-bbxx-zwq
TÍTULO: Efeitos do Tratamento Antineoplásico no Processamento Visual em Mulheres com Câncer de Mama
PALAVRAS-CHAVES: câncer de mama; fármaco antineoplásico; quimioterapia; processamento visual; sensibilidade ao contraste
PÁGINAS: 176
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Fisiológica
ESPECIALIDADE: Processos Psico-Fisiológicos
RESUMO: Considerando o alto índice de cura do câncer de mama decorrente do tratamento quimioterápico e a neurotoxicidade relacionada aos fármacos presentes na quimioterapia, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da quimioterapia no processamento visual de mulheres com câncer de mama. Para isso, foram realizados quatro estudos empíricos, para tentar elucidar esses aspectos. O primeiro estudo corresponde a um relato de caso que avaliou a sensibilidade ao contraste visual em uma mulher de 48 anos com câncer de mama, mastectomizada, e submetida ao tratamento quimioterápico e hormonioterápico em momentos distintos. O processamento visual foi avaliado por meio da sensibilidade ao contraste, para frequências espaciais variando entre 0,2 e 15.6 ciclos por grau) e através da discriminação de cores (usando o subteste Trivetor). Os resultados mostraram pior sensibilidade nos dois momentos de avaliação, quando comparados com dados normativos. Todavia, algumas frequências espaciais e vetores cromáticos apresentaram melhores sensibilidades seis meses após o fim do tratamento quimioterápico. O segundo estudo investigou a sensibilidade ao contraste (frequências variando entre 0.2 e 15.6 ciclos) em uma amostra de 11 mulheres com câncer de mama e 12 controles. As mulheres tratadas com quimioterapia apresentaram maior dano no processamento visual quando comparadas às mulheres saudáveis para todas as frequências espaciais (p < 0,05). A maior quantidade de ciclos de quimioterapia apresentou correlação negativa com o desempenho visual (p < 0,05). As alterações visuais também estiveram associadas com redução na qualidade de vida (p < 0,05). O terceiro estudo explorou os efeitos potenciais do tratamento quimioterápico na visão de cores em 10 mulheres com câncer de mama sob regime de tratamento quimioterápico e 10 controles saudáveis. A visão de cores foi avaliada pelo Cambridge Color Test, utilizando o subteste Trivector. Os resultados demonstraram prejuízos na sensibilidade de cores no grupo quimioterapia para os três eixos de confusão avaliados: Protan [F (1, 16) = 5,032, p = 0,03], Deutan [F (1, 16) = 13,959; p < 0,01] e Tritan [F (1, 16) = 4,732; p < 0,04]. Por fim, o quarto estudo examinou os efeitos da quimioterapia no movimento ocular de mulheres com câncer de mama. Foram incluídas 12 mulheres com câncer de mama e 12 controles saudáveis com idade entre 33 e 59 anos. O teste foi constituído por uma tarefa de busca visual para detecção de um número arábico disposto entre 79 letras do alfabeto. Os resultados revelaram que mulheres com câncer de mama apresentaram maior duração média da fixação [t = 4,54, p = 0,00]; duração média da fixação total [t = 2,41, p = 0,02]; duração média da visitação total [t = 2,05, p = 0,05] e tempo total do teste [t = 2,32, p = 0,03], em comparação com as mulheres saudáveis. De modo geral, os resultados indicam que o tratamento quimioterápico pode desencadear alterações a nível sensorial e cognitivo, influenciando na qualidade de vida das mulheres acometidas pelo câncer de mama.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347318 - NATANAEL ANTONIO DOS SANTOS
Interno - 1668604 - LUIZ CARLOS SERRAMO LOPEZ
Interno - 2560968 - MELYSSA KELLYANE CAVALCANTI GALDINO
Interno - 060.835.884-30 - THIAGO MONTEIRO DE PAIVA FERNANDES - UFPB
Externo à Instituição - ALINE MENDES LACERDA
Externo à Instituição - JÉSSICA BRUNA SANTANA SILVA