PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA COGNITIVA E COMPORTAMENTO (PPGNEC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MATHEUS LIMA DE PAIVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATHEUS LIMA DE PAIVA
DATA: 29/09/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Multimídias C, no CCHLA, Universidade Federal da Paraíba.
TÍTULO: Reversão de Abstinência de Cafeína e Performance Cognitiva em Mulheres Consumidoras Habituais de Café
PALAVRAS-CHAVES: Cafeína.Cognição.Neuropsicologia
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Cognitiva
RESUMO: A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é um psicoestimulante consumido por todo o mundo e seus efeitos têm sido amplamente investigados em várias frentes científicas, como a neurociência e a pesquisa genética. Os efeitos exercidos pela cafeína no funcionamento cognitivo podem variar de acordo com fatores diversos e ser dependentes da função específica em análise. No que se refere aos fatores, uma linha de pesquisa recente tem sido consolidada com a finalidade de investigar possíveis influências genéticas na responsividade ao estimulante. No que diz respeito às funções analisadas, embora haja um consenso relativo a benefícios da cafeína para melhoria do desempenho atencional, dados em funções cognitivas superiores apresentam considerável divergência. Este trabalho tem como objetivo investigar a relação entre responsividade à cafeína em parâmetros de desempenho cognitivo, de abstinência e características genéticas, especificamente o polimorfismo de nucleotídeo único rs762551, associado a alterações na velocidade da metabolização de cafeína. 30 mulheres consumidoras habituais de café entre 18 e 40 anos de idade participaram do estudo. Os instrumentos utilizados para avaliar performance atencional, da memória de trabalho, da abstinência de cafeína e da sonolência foram, respectivamente, a Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção, o Subteste Dígitos, o Questionário de Abstinência de Cafeína e a Escala Karolinska de Sonolência. Para confirmação da abstinência de cafeína, amostras de saliva foram coletadas para análise em laboratório, e a identificação do genótipo no CYP1A2 foi realizada por técnica de PCR. Como determinado em desenho crossover, todas as participantes foram submetidas a ambos os grupos experimentais cafeína e placebo, e a ordem de administração das cápsulas foi randomizada para verificação subsequente de efeitos de protocolo. Em cada sessão experimental, a participante compareceu ao local do estudo após 24 horas de abstinência de cafeína, e foi submetida aos instrumentos antes e depois da cápsula administrada. No eixo de análise cognitiva, observou-se melhoria significativa de desempenho atencional em ambas os grupos experimentais, embora estas variações de desempenho não tenham sido significativas na comparação entre eles. Na memória de trabalho, diferenças significativas foram observadas somente no grupo placebo, mas não na comparação entre os grupos experimentais. Com exceção de um único fator avaliado, todos os parâmetros de abstinência e sonolência apresentaram redução significativa no grupo cafeína em comparação com o grupo placebo. Não houve influência significativa de características genéticas nos parâmetros analisados. A partir destes resultados, pode-se concluir que a influência da cafeína na cognição é menos pronunciada do que os efeitos exercidos pelo estimulante em parâmetros de abstinência. Além disso, conclui-se a necessidade de continuidade de investigação da relação entre características genéticas e responsividade à cafeína além do estudo de genes relacionados à metabolização de cafeína.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2285777 - CARLA ALEXANDRA DA SILVA MOITA MINERVINO
Interno - 1140014 - MIRIAN GRACIELA DA SILVA STIEBBE SALVADORI
Externo à Instituição - ANTONIO ROAZZI