Banca de DEFESA: JUSSARA QUEIROZ DE ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JUSSARA QUEIROZ DE ARAUJO
DATA: 28/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: UFPB- Campus IV - Mamanguape
TÍTULO: A ORALIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS A PARTIR DA LINGUAGEM TEATRAL
PALAVRAS-CHAVES: Oralidade. Educação de Jovens e Adultos. Linguagem Teatral.
PÁGINAS: 174
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Língua Portuguesa
RESUMO: O silenciamento dos alunos da Educação de Jovens e Adultos, durante as aulas de Língua Portuguesa, ressoa como baixa autoestima e insegurança, logo calar parece ser a principal escolha. A partir de tal percepção, buscamos encontrar meios de reverter este silenciamento e proporcionar aos educandos situações de protagonismo através da linguagem teatral. O nosso objetivo principal foi o de compreender como a oralidade dos alunos do ciclo III (6º e 7º ano), da Educação de Jovens e Adultos (EJA), poderia ser aprimorada ao se utilizar a linguagem teatral como ferramenta pedagógica. Enquanto objetivos específicos, revisitamos as publicações de estudos e pesquisas acerca da oralidade; diagnosticamos quais habilidades apresentavam os alunos do ciclo III (6º e 7º ano) da EJA; analisamos como o trabalho pedagógico, por meio da linguagem teatral, poderia desenvolver habilidades no que diz respeito à oralidade; e, por fim, propusemos um material didático-pedagógico. Este trabalho consiste em uma pesquisa-ação de cunho intervencionista. A abordagem utilizada foi qualitativa. A metodologia de geração de dados foi constituída pela observação participante, oficinas pedagógicas e rodas de conversa, assim como a interpretação dos dados se deu através de núcleos de significação. A pesquisa foi embasada em três eixos temáticos. O primeiro eixo é o da oralidade, teorizada por Carvalho e Ferrarezi Jr. (2018), Bakhtin (2006; 2008), Dolzs e Schnewly (2004), Bueno (2008), Ong (1998) e Marcuschi (1996; 2001; 2007). O segundo eixo se refere à Educação de Jovens e Adultos sendo utilizados os autores Gadotti (2021), Ferreyra (1998) e Miranda (2011). O terceiro e último eixo foi referente à linguagem teatral e teve por base os autores Boal (2019; 1996), Mamet (2014), Grazioli (2008), Neves e Santiago (2016) entre outros. Além dos estudiosos citados acima, utilizamos os seguintes dispositivos legais: Constituição Federal do Brasil (1988), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394 (1996), os PCN (1998), a BNCC (2018), resolução CEB/CNE nº 11/2000, Resolução nº 7/2010, Resolução nº 01/2021 e a Resolução CNE/CP nº 1/2021. A partir desta pesquisa, com base nos núcleos de significação, pudemos constatar que é possível o aperfeiçoamento na produção de gêneros orais, em alunos oriundos do ciclo III (6º e 7º ano) da Educação de Jovens e Adultos e que as dimensões ensináveis da oralidade são objetos do conhecimento que possuem a capacidade de afetar positivamente a qualidade de vida e a autoestima dos discentes. Considerando essa perspectiva, ressaltamos que o ensino da oralidade, por meio da linguagem teatral, contribuiu visivelmente com a mudança de postura dos alunos em seus atos de fala, assim como suas relações interpessoais dentro e fora do espaço escolar. Observamos também, em seus depoimentos e atitudes ao longo do processo, que a prática da oralidade fomentou a união do grupo (alunos e professora) e a autoconfiança na comunicação com colegas de trabalho, familiares e amigos. Concomitantemente, a tais resultados e constatações, desenvolvemos um caderno didático-pedagógico intitulado: Oralizarte: possibilidades pedagógicas com a oralidade na EJA por meio da linguagem teatral; material que visa sugerir e auxiliar professores de Língua Portuguesa com ideias e perspectivas do ensino da oralidade a partir de jogos teatrais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1913587 - JOSEVAL DOS REIS MIRANDA
Interno - 2385981 - LUANA FRANCISLEYDE PESSOA DE FARIAS
Externo ao Programa - 1924415 - CAROLINA GOMES DA SILVA
Externo à Instituição - MARIA NAZARETH DE LIMA ARRAIS