PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (PGPCI)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CAROLINA MICHELLE SILVA E SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINA MICHELLE SILVA E SOUZA
DATA: 29/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet:https://meet.google.com/tey-pmoa-wdr
TÍTULO: Tecendo uma Cooperação Sul-Sul alternativa: possibilidades e limites em políticas públicas para pequenos produtores de algodão
PALAVRAS-CHAVES: Cooperação Sul-Sul, Brasil, Algodão, Agroecologia, Desenvolvimento.
PÁGINAS: 115
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
SUBÁREA: Administração Pública
ESPECIALIDADE: Política e Planejamento Governamentais
RESUMO: A Cooperação Sul-Sul surge como um mecanismo alternativo da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento capaz de oferecer iniciativas horizontais e solidárias para solucionar as desigualdades do Sul Global. Todavia, há um debate crítico acerca da legitimidade desta proposta, que questiona a base ideológica do conceito de desenvolvimento e a abertura à modalidade Trilateral com organizações internacionais ou países do Norte. O Brasil tem utilizado a Cooperação Sul-Sul Trilateral como estratégia para ampliação das parcerias multilaterais e transferência de políticas públicas na África e na América Latina. Dentre as áreas prioritárias, destaca-se a agricultura, e as iniciativas para fortalecimento sócio-produtivo da agricultura familiar em parceria com a FAO, como o Projeto Mais Algodão, implementado desde 2013. O Mais Algodão se caracteriza pela adaptabilidade às agendas internacionais de desenvolvimento e pela ampliação de parcerias com atores da sociedade civil. Além disso, parte da experiência agroecológica do semiárido nordestino como referência para fomentar políticas públicas nos países parceiros. Entretanto, observa-se que a matriz colonial do poder implica práticas controversas para os princípios da horizontalidade e solidariedade que ocultam as consequências da colonização no contexto agrícola e cooptam saberes e práticas locais. Assim, a partir de uma interpretação pós/descolonial, questionamos: de que forma a Cooperação Sul-Sul Trilateral consegue promover políticas públicas horizontais? Diante das inúmeras possibilidades do Sul Global, os pensamentos do Bem-Viver e do Ubuntu são alternativas à cooperação tradicional Norte-Sul? No terceiro capítulo, a análise do Projeto Mais Algodão mostra que, no contexto rural, apesar dos esforços em empreender práticas horizontais, a própria estrutura constitutiva da Cooperação Sul-Sul Trilateral restringe a participação dos/as agricultores/as familiares a um caráter consultivo e pouco propositivo nas fases do Projeto, já o apoio em políticas públicas centraliza-se na formação de agenda com interesses de reativação ou fortalecimento do setor produtivo. Nesta pesquisa, a premissa utilizada foi a de que a Cooperação Sul-Sul Trilateral deve fortalecer uma agenda transformadora e horizontes alternativos ao desenvolvimento, assim, verifica-se que os pensamentos do Bem-Viver e o Ubuntu são alternativas potentes para a cooperação tradicional, pois representam a essência da solidariedade, cooperação e da horizontalidade. No Mais Algodão, essas perspectivas incidem através da agroecologia e das Constituições da Bolívia e do Equador, mas são limitadas aos projetos-país e aos interesses das instituições cooperantes.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MAURÍCIO HIROAKI HASHIZUME
Interno - 1743644 - THIAGO LIMA DA SILVA
Presidente - 1357972 - VICO DENIS SOUSA DE MELO