PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA (PPGE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: HELSON GOMES DE SOUZA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELSON GOMES DE SOUZA
DATA: 20/04/2022
HORA: 14:00
LOCAL: PPGE
TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA DISPONIBILIDADE
HÍDRICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO: UMA
ABORDAGEM USANDO EQUILÍBRIO GERAL
COMPUTÁVEL
PALAVRAS-CHAVES: Recursos Hídricos; Restrições de oferta de água; Equilíbrio Geral
Computável; Pernambuco.
PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO: Este trabalho objetiva elaborar um modelo de equilíbrio geral que possa auxiliar na
tomada de decisão e na gestão dos recursos hídricos no Agreste/Leste Pernambucano
que compõe o território das bacias dos rios Ipojuca, Capibaribe e Una. Para tanto,
foram considerados 58 setores econômicos e quatro tipos de famílias para modelar
uma pequena economia representativa da área de estudo. O cenário base do modelo é
baseado nos fluxos contábeis da área de interesse referentes ao ano de 2011 com base
em dados dispostos na literatura, na Pesquisa de Orçamentos Familiares e no Censo
Populacional de 2010. O modelo busca representar uma economia local composta por
famílias, firmas, governo e o setor externo o qual é composto pelo resto do estado
de Pernambuco, o resto do Brasil e o resto do Mundo. O modelo é fundamentado
na hipótese de que as firmas representativas necessitam do uso da água em seu
processo de produção, considerando, para tanto, que a água compõe o capital das
firmas, o qual é modelado sob diferentes óticas para as empresas agrícolas e não
agrícolas. Os resultados obtidos mostram que uma restrição global da oferta de água
sem uma medida auxiliar de gestão no Agreste/Leste pernambucano gera perdas
de produto (0,46%), renda (0,41%) e bem-estar social (0,2%), tendo maiores efeitos
sobre os pobres residentes nas áreas rurais. Além disso, os resultados permitiram
concluir que a manutenção da oferta de água do cultivo de cana-de-açúcar, em um
cenário de redução da oferta hídrica, reduz as perdas de produto (0,8%), renda (0,2%)
e bem-estar (17%) obtidas com a restrição global de oferta de 14,3%, beneficiando de
maneira mais intensa os pobre residentes nas áreas rurais. Os achados ainda mostram
que quando a restrição global de oferta de água é executada em junção com uma
realocação da oferta de água da indústria e do setor de serviços para beneficiar a
agricultura, ocorrem ganhos de produção para as firmas agrícolas (3,29%), mas acarreta
em perdas de produção para a indústria (4,99%) e para o setor de serviços (0,13%)
quando comparado com o cenário em que a restrição global de oferta de água ocorre
sem a execução de uma medida auxiliar de gestão de recursos hídricos. Por fim, os
resultados apontam para o fato de que as perdas de produto, renda e bem-estar social
podem ser reduzidas com um choque positivo de produtividade das firmas. Por fim, o
MEGC construído neste trabalho possibilita aos tomadores de decisão o entendimento
de possíveis respostas dos indicadores socioeconômicos em razão das alterações na
oferta de água, contribuindo para a elaboração de futuras medidas de gestão dos
recursos hídricos no Agreste/Leste pernambucano e regiões vizinhas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1813840 - ALESSIO TONY CAVALCANTI DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 2064381 - GERALD NORBERT SOUZA DA SILVA
Interno - 2476028 - HILTON MARTINS DE BRITO RAMALHO
Externo à Instituição - MARCELO PEREIRA DA CUNHA
Externo à Instituição - MÁRCIA MARIA GUEDES ALCOFORADO DE MORAES
Interno - 1267722 - WALLACE PATRICK SANTOS DE FARIAS SOUZA