PROGRAMA ASSOCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS (PPGAV)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: CRISTIANE PERES DIAS
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CRISTIANE PERES DIAS
DATA: 30/06/2022
HORA: 09:30
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO: FRAGILE TEORIAS DE CONTROLE E A DECOLONIZAÇÃO PERFORMATIVA DO CORPO DISSIDENTE
PALAVRAS-CHAVES: Artes Visuais. Performance Arte Negra. Corpo negro. Mulheres negras.
Estudos decoloniais.
PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
RESUMO: O corpo da mulher racializada/e carrega consigo estereótipos que participam das narrativas
colonialistas estruturadas pela relação associativa entre raça, gênero e classe, exercidas
por manifestações coercitivas que afetam suas identidades na disposição social. A
performance arte negra é uma das manifestações da arte contemporânea que possibilita a
prática decolonial e o tensionamento dessa prática colonialista. O objetivo do presente
trabalho é analisar como a performance arte, ativada pelo corpo negro/e feminino/e, pode
contestar teorias de controle colonialistas a partir da decolonização do conhecimento
teórico-prático, suscitado por questões relacionadas as experiências racistas de mulheres
negras/es. Examino três registros fotográficos da performance intitulada Fragile (1/25), de
minha autoria, realizada no interior de Pernambuco em 2021 durante residência artística
na Usina de Arte. Destaco nas análises os confrontos vivenciados pelo corpo dissidente
frente aos processos do racismo genderizado interseccionado pelos apagamentos culturais
e do trauma identitário como produtos do racismo estrutural. Trata-se de uma pesquisa
Qualitativa (Guerra, 2014) com Estudo de caso (Yin, 2011) por meio de revisão
bibliográfica, análise documental e autobiografia, intermediada pelo conhecimento
decolonial. As análises foram articuladas a partir de produções visuais de artistas
brasileiras negras/es e breve histórico do corpo racializado/e na qualidade de veículo do
conhecimento histórico e interdisciplinar, a partir de Taylor (2013) e Ligiéro (2011). Abordo
as práticas de coerção e desintegração identitária a partir das teorias anômalas do
branqueamento e as políticas da desigualdade sob o ponto de vista de Carneiro (2011);
Schwarcz (2012) e Fanon (2019). As intelectuais Kilomba (2019); Davis (2016); Collins
(2019); hoocks (2020); Gonzales (2020), trazem à luz a decolonização narrativa das
relações de raça, gênero e classe do corpo racializado/e feminino/e em sua diversidade
anacrônica. A pesquisa evidencia a performance arte negra enquanto conduto teórico-
expressivo do conhecimento decolonizado, articulado pela performatividade dissidente em
contestação aos limites colonizadores.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALESSANDRA MELLO SIMÕES PAIVA
Interno - 237.850.804-25 - MADALENA DE FATIMA PEQUENO ZACCARA - UFPE
Presidente - 2380107 - ROBSON XAVIER DA COSTA