PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: BRENDA PEREIRA GOMES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRENDA PEREIRA GOMES
DATA: 16/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 506 CCHLA
TÍTULO: A Intuição como Método na Perspectiva Bergsoniana
PALAVRAS-CHAVES: Bergson, intuição, método filosófico, linguagem, tempo e duração
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO: Em O Pensamento e o Movente, Bergson propõe “erigir a intuição em método filosófico”, na medida em que sua investigação do problema da busca de sistematização na metafísica mostrou que o resultado da aplicação do método de análise na solução de problemas filosóficos resultava num afastamento do real que, de acordo com ele, deve ser entendido como movimento, multiplicidade e duração. Sem dúvida, a intuição sempre foi tema de discussão em diversas áreas do conhecimento, sobretudo na filosofia, na qual essa discussão recebe maior atenção, em especial após a revolução cartesiana no campo da metafísica e da teoria do conhecimento. Mas, em Bergson, a busca de um método que dê conta do real e do mundo da vida, por meio do conhecimento direto e imediato que a intuição torna possível, faz dela um tema central para a investigação filosófica. A partir de uma crítica à aceitação tácita na metafísica dos esquemas da razão em vista da vida prática, bem como de uma crítica a sua concepção da verdade, que abandona o movimento em vista da cristalização do real no eterno e no imóvel e imutável, Bergson busca na intuição o método que pode resgatar para o real sua dimensão de duração e de movimento, na medida em que ela torna possível uma percepção imediata do real, sem a mediação dos conceitos que é própria da análise. Em vista disso, examinaremos, no primeiro capítulo, o problema da intuição como o método próprio da filosofia, no segundo, trataremos do problema da linguagem na filosofia, na medida em que, tendo confundido rigor com precisão, ela adotou a linguagem fixa e espacializada do senso comum, adequada mais à sobrevivência que à reflexão e, finalmente, no terceiro capítulo, abordaremos a teoria bergsoniana da duração, na medida em que ela é fundamental para a concepção metafísica do real. Nesse exame, vamos abordar, sobretudo, seus escritos: Introdução à Metafísica (1903), as duas introduções de O Pensamento e o Movente (1922) e a conferência intitulada A Intuição Filosófica (1911), obras em que esses conceitos aparecem pela primeira vez, ou de uma forma mais decisiva. Também vamos recorrer ao apoio de comentadores como Gilles Deleuze, Bento Prado Júnior e Franklin Leopoldo e Silva, que tomam a intuição como central para a discussão do adequado método filosófico. Com isso, vamos buscar, no decorrer deste trabalho, mostrar que, de acordo com Bergson, é por meio da intuição que podemos apreender o movimento da duração próprio ao real e que, dessa forma, ela pode fornecer o método por excelência para constituição da verdadeira metafísica.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1024473 - IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA
Externo à Instituição - LUCIANO DA SILVA
Presidente - 1814674 - MARIA CLARA CESCATO