Banca de QUALIFICAÇÃO: PEDRO TIAGO DE SOUZA COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO TIAGO DE SOUZA COSTA
DATA: 30/04/2024
HORA: 15:00
LOCAL: SALA CAB 107
TÍTULO: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: Uma análise etnográfica das práticas educativas promovidas pela CCIAO através do Projeto Sankofa
PALAVRAS-CHAVES: Educação em Direitos Humanos. Antirracismo. Casa de Cultura Ilê Asè de Osoguiã. Sankofa_
PÁGINAS: 50
RESUMO: RESUMO Este trabalho apresenta uma análise da Educação Antirracista para a construção de uma Educação em Direitos Humanos em um contexto de ONG, através do Projeto “Sankofa: Construindo um futuro em Campo Verde” promovido pela Casa de Cultura Ilê Asé D’Osoguiã na cidade de Pedras de Fogo-PB. A pesquisa procurou identificar os processos formativos educativos propostos ao longo das atividades no ano de 2023. Perscrutar e refletir sobre as identidades étnico-raciais de sujeitos adolescentes entre 12 e 16 anos participantes da CCIAO. Examinou compreender as cosmovisões da CCIAO frente aos saberes escolares tradicionais. A partir daí, surgiu neste trabalho os seguintes desafios a serem respondidos: Como as práticas educativas da CCIAO estão preocupadas com as subjetividades dos adolescentes envolvidos no projeto? De que forma as discussões sobre Educação em Direitos Humanos aparecem na Casa de Cultura? Como a Casa de Cultura trabalha as temáticas que se relacionam com a identidade étnico-racial? Assim sendo, tem-se como objetivo analisar os sentidos da construção da identidade étnica e cultural no projeto tendo como público alvo os participantes assistidos pela CCIAO. Foram adotados os métodos etnográfico, observação não-participante e pesquisa de campo para sistematizar experiências de vinte e cinco sujeitos participantes sendo: vinte adolescentes e cinco colaboradores da gestão e coordenação. Observamos que, além do caráter religioso, a Casa de Cultura atende um público abrangente, promovendo ações assistencialistas para várias comunidades tradicionais paraibanas. As observações com os adolescentes mostraram que a Casa de Cultura além de funcionar como uma comunidade tradicional de terreiro, também atua na promoção da igualdade racial e na garantia de direitos e não considera que esta atrapalhe as ações educativas realizadas no local. Contudo, observamos que a Casa de Cultura não está isenta de dificuldades para implementar suas ações devido ao estigma que os espaços de educação tradicional carregam, o que ficou registrado através da observação com os colaboradores e os educadores da escola. Concluímos que existe uma potencialidade das práticas antirracistas para os adolescentes, e que mesmo não estando isenta do estigma racial que os espaços das religiões de matriz africana carregam, o que ficou registrado através da fala de alguns adolescentes e no posicionamento de alguns professores, ainda assim na maior parte das observações mostraram que a questão religiosa não é empecilho ou estímulo para participar da Casa de Cultura, posto que conhecem as práticas educativas da casa e não consideram que esta atrapalhe as ações educativas realizadas no local. Sendo assim, é possível perceber que nasce das intenções das comunidades tradicionais de terreiro o desejo de seus dirigentes de promover a cultura afro-brasileira, a busca por empoderamento e o envolvimento com as ações sociais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1460077 - SUELIDIA MARIA CALACA
Interno - 1448856 - ORLANDIL DE LIMA MOREIRA
Externo à Instituição - Maria do Socorro Pimentel da Silva