PROGRAMA ASSOCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS (PPGAV)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LUANA MARIA PEREIRA GONÇALVES DE ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA MARIA PEREIRA GONÇALVES DE ANDRADE
DATA: 26/02/2021
HORA: 09:00
LOCAL: VIRTUAL POR MEIO DE VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO: Barcos Possíveis – a travessia das imagens.
PALAVRAS-CHAVES: processos de criação; arte contemporânea; terceira margem; pedagogias da deriva
PÁGINAS: 71
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
RESUMO: Certo dia, caminhando pelo centro da cidade do Recife, recebi uma propaganda de empréstimo consignado de um pequeno banco. Sem qualquer intenção que não fosse jogar fora aquele papel, comecei a dobrá-lo fazendo um barco. Um barquinho de papel, única dobradura que aprendi na infância. Dias depois encontrei o barco na bolsa e percebi que ele tinha um nome em seu casco, “consignado”. Deste acaso surge, em 2018, a série Barcos Possíveis, uma extensa frota de barquinhos de papel feitos com panfletos recolhidos especificamente na Av. Conde da Boa Vista, famosa via comercial e empresarial da cidade. Inaugura-se um percurso investigativo, uma poética dos Barcos, que propõe – aquilo que é propósito de todo barco – travessias. Partindo das imagens – representativas, imperativas e pedagogizantes – que compõem a visualidade urbana a partir de um regime de impregnação, os Barcos atuam como artefatos de deslocamento do olhar para a superfície da cidade, constituindo uma espécie de arquivo e possibilitando assim momentos passíveis de aprendizagem. Mas as travessias, na poética dos Barcos, buscam acessar, para além das margens da possibilidade e da impossibilidade, uma Terceira Margem – como propõe Guimarães Rosa – ou uma heterotopia – como nomeado por Foucault. A dobra do papel é, dessa forma, metáfora para a dobra da própria realidade e tudo o que nela nos é dado como possível. As reverberações dos Barcos e das dobras levaram a desdobramentos que são acolhidos no processo de criação, entendidos como uma chance de fazer emergir questões que aguardavam as condições climáticas ideais. É o caso da performance Oficina Rápida e Gratuita de Como Fazer? Barcos de Papel, desenvolvida em 2019, buscando sentidos expandidos para a educação através de uma Pedagogia da Deriva, expondo assim questões inerentes aos projetos pedagógicos da arte participativa. Este texto funciona como um relato e construção de travessias que resultam de uma investigação a/r/tográfica, fazendo ressoar na escrita aspectos constitutivos da obra.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BRUNA RAFAELLA DO CARMO FERRER DE MORAIS
Interno - 056.725.346-51 - FLORA ROMANELLI ASSUMPÇÃO - UNIVASF
Presidente - 815.832.140-20 - LUCIANA BORRE NUNES - UFPE