PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: SAULO BANDEIRA DE OLIVEIRA MARQUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAULO BANDEIRA DE OLIVEIRA MARQUES
DATA: 04/07/2019
HORA: 10:00
LOCAL: UFPB/CCHLA
TÍTULO: Contra os moralistas: contrapontos a quatro leituras de viés moral da Arte Retórica de Aristóteles
PALAVRAS-CHAVES: Aristóteles. Deinotes. Moral. Retórica.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO: Provavelmente em virtude de sua instrumentalidade, ha um desassossego generalizado quando se lida com a retorica, mormente reputando-a como uma pratica de feitio imoral. Essa imagem a acompanha desde a disputa que travou com a filosofia, na Helade do Seculo V a.C., pela primazia de ser a paideia. Entretanto, ja naquela epoca, havia algumas perspectivas que a desvencilhavam, em todo ou em parte, dessa percepcao. Aristoteles, por exemplo, escreveu uma Arte Retorica na qual se propos a um tratamento tecnico a retorica, exortando exerce-la sob um jaez moral. Essa sua admoestacao por uma retorica “dignificada” ainda hoje conduz a interpretacoes da retorica enquanto uma atividade de vies moral, sob fundamentos diversos, nao obstante o seu jaez tecnico apontar para uma ambivalencia nesse ambito. Desde essa perspectiva, consideram-se aquelas leituras de feicao moral como leituras parciais, seja por sua incompletude, seja por sua unidirecionalidade, inadequadas, pois, para caracterizar a retorica. Nesse sentido, e em contraposicao a tais perspectivas, apresenta-se a retorica como derivacao da deinotēs, advogando por um jaez prioritariamente ambivalente no ambito moral. Para tanto, examinaram-se sob o modelo argumentativo de Toulmin quatro leituras de vies moral com fundamentos representativos distintos, dos quais se extrairam os elementos para a elaboracao do contra-argumento atraves da tecnica retorica da inventio por antimodelo. Uma vez desveladas suas bases de sustentacao, constatou-se que as excecoes apontadas consistiam em perspectivas equivalentes, recusadas enquanto tal por uma visao limitada das funcoes da retorica. Destarte, a leitura da retorica enquanto deinotes e a mais condizente com o seu jaez tecnico: como arte, a retorica nem e virtude, nem astucia; mas, uma “razao” do contingente, uma habilidade do juizo pratico que, pela observacao da realidade circundante em seu mister de “encontrar os meios mais pertinentes para persuadir” (Retorica, 1355b25-26), auxilia a especular o e agir no Mundo.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1669790 - ENOQUE FEITOSA SOBREIRA FILHO
Interno - 337218 - MARCONI JOSE PIMENTEL PEQUENO
Presidente - 1521208 - NARBAL DE MARSILLAC FONTES