PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)

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Conferência e lançamento de livro- Experiência e Moral: Pierre Bayle e o Ateísmo Virtuos

ATEÍSMO E MORAL: A ATUALIDADE DE PIERRE BAYLE

TÍTULO DO LIVRO: EXPERIÊNCIA E MORAL: PIERRE BAYLE E O ATEÍSMO VIRTUOSO
AUTOR: MARCELO DE SANT’ANNA ALVES PRIMO

Combatendo filosoficamente a superstição, Pierre Bayle leva tal combate a um ponto espinhoso para os mais conservadores: ateus podem ser virtuosos e crentes podem ser torpes na imposição e exercício ético, político e social de sua crença. O enfrentamento ao fanatismo e à intolerância imprescindivelmente exige um olhar crítico na história e, fazendo-o, fica mais claro para quem a examina, no decorrer dos tempos, quem cometeu mais infâmias e atrocidades em nome de uma convicção que fingem estar meramente na esfera opinativa. Dessa maneira, certas imagens sucumbem ao crivo da crítica e são desconstruídas por meio de uma reflexão e constatação honestas: ateísmo e moralidade caminharam, caminham e sempre caminharão pari passu.
Assim sendo, Bayle se expôs ao perigo de pensar diferente e foi o que eu quis mostrar no livro Experiência moral: Pierre Bayle e o ateísmo virtuoso: afinal, quem teria a coragem de proferir, em um contexto político, social e religioso conservador como a França de sua época, que os deuses nunca foram necessariamente a régua da boa conduta? Que quem se diz crente, na verdade, só recorre às divindades por uma recompensa no paraíso, comportamento típico de quem é movido por uma moral interessada? Que é preciso recorrer à experiência histórica para ver claramente que qualquer heterodoxia era sufocada pelos instrumentos psicológicos e bélicos das religiões? Aqui se desenha e se confirma a atualidade do pensamento de Bayle: ateus foram condenados e até hoje o são de maneira sumária pelo fato de não crer em um deus. Todas as questões supracitadas ganham um sabor contemporâneo. Se tais reflexões foram aventadas já lá no século XVII denominado como o Grand Siècle da Razão e da Modernidade e da emancipação perante todo tipo de carolice anticientífica, paradoxalmente, parece que até hoje não somos tão esclarecidos assim. Infelizmente, para a grande maioria, descrer ainda é sinônimo de licenciosidade, petulância e loucura.

 

 03/09/2021

19 horas

 

Mediação: Prof. Dr. Sérgio Luis Persch -PPGF-UFPB

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