Banca de DEFESA: JULIA FERNANDA RIBEIRO DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIA FERNANDA RIBEIRO DO NASCIMENTO
DATA: 28/07/2023
HORA: 09:00
LOCAL: VIA WEBCONFERÊNCIA (https://meet.google.com/hfk-ytre-ckv)
TÍTULO: CRIPTOCOCOSE EM PEQUENOS RUMINANTES NO ESTADO DA PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: criptococose; cryptococcus; ruminantes; ovino; caprino.
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO: A criptococose é uma micose causada por leveduras do gênero Cryptococcus, afetando o trato respiratório, podendo disseminar-se para o cérebro, outros órgãos e pele. A infecção é adquirida sobretudo por inalação de propágulos do fungo em ambientes contaminados contendo fezes secas de aves, principalmente de pombos, madeira em decomposição e ocos de árvores. A doença ocorre em humanos e diversas espécies animais, sendo rara em pequenos ruminantes. Sendo assim, este trabalho objetivou relatar casos de criptococose em ovino e caprino no estado da Paraíba. A dissertação foi dividida em três capítulos. O capítulo I é uma revisão de literatura sobre os aspectos da criptococose; o capítulo II relata o primeiro caso de criptococose disseminada em ovino; e o capítulo III relata um caso de criptococose cutânea em cabra. Caso 1: ovino da raça Santa Inês, macho, quatro anos de idade, com histórico de claudicação e aumento de volume do escroto que, ao exame físico, apresentava apatia, secreção nasal serosa e úlceras nas cavidades nasais, claudicação grave, leve aumento de volume na região dos boletos, nódulos subcutâneos e aumento acentuado do escroto com nódulos nos testículos. Caso 2: caprino, SRD, fêmea, pesando 26 kg, com queixa principal de diarreia líquida fétida. Ao exame físico, apresentava apatia, mucosas de cor porcelana, presença de ectoparasitas e lesões cutâneas na face. Em seguida observou-se tosse produtiva, ruídos inspiratórios e fistulação da lesão cutânea. Realizou-se citologia e cultura de amostras de ambos os animais. As citologias de ambas as amostras apresentavam inúmeras formas leveduriformes envoltas por halo claro compatíveis com Cryptococcus spp., sendo isoladas colônias de leveduras com características de Cryptococcus spp. Devido ao prognóstico desfavorável, os produtores optaram pela realização da eutanásia. À necropsia, observou-se: caso 1 (ovino) – lesões granulomatosas disseminadas e acentuadas afetando pele e tecido subcutâneo, linfonodos, cavidade nasal, testículos e epidídimos, além de osteomielite granulomatosa acentuada nos ossos incisivos, palato, na placa cribriforme, ossos do carpo, nasal e frontal. Lesões constituídas por grande quantidade de macrófagos, linfócitos, plasmócitos, alguns neutrófilos e raras células gigantes multinucleadas e inúmeras leveduras rodeadas por espessa cápsula; caso 2 (caprino) - aumento de volume com discreta secreção serossanguinolenta no tecido cutâneo da face, caracterizada microscopicamte como necrose focalmente extensa, caracterizada por infiltrado inflamatório mononuclear, com algumas leveduras capsuladas. Durante a necrópsia de ambos os animais colheu-se amostras para cultura fúngica. Na cultura de todas as amostras foram isoladas leveduras sugestivas de Cryptococcus spp., que foram submetidas à análise pela técnica de espectrofotometria de massa (MALDI-TOF) com identificação positiva para C. neoformans no ovino e C. gattii na cabra. É importante considerar que, apesar de não haver transmissão da infecção entre animais e de animais para humanos, os animais infectados podem contribuir para a contaminação ambiental favorecendo a difusão do agente. Além disso, com a comprovação da ocorrência da doença em pequenos ruminantes na Paraíba, evidencia a importância de estudos para caracterização epidemiológica da distribuição do fungo no ambiente.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1492685 - INACIO JOSE CLEMENTINO
Externo à Instituição - JACKSON SUÉLIO DE VASCONCELOS
Externo à Instituição - RAQUEL ANNES FAGUNDES SILVA