PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E POLITICAS PÚBLICAS (PPGDH)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: DIOGO DE SOUZA MONTEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIOGO DE SOUZA MONTEIRO
DATA: 28/03/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Virtual. Zoom.
TÍTULO: TRAJETÓRIAS TRANSATIVISTAS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO COMBATE À LGBTFOBIA NO ESTADO DO PARÁ
PALAVRAS-CHAVES: Trajetórias. Travestis. Transexuais. Participação Social. Transativismo. LGBTfobia.
PÁGINAS: 57
RESUMO: O presente estudo tem por finalidade compreender se (e como) percepções sobre marcadores sociais que formam identidades travestis e transexuais (gênero, corpo, sexualidade, classe e raça) configuram-se como entraves à participação de transativistas em espaços decisórios de poder. Mais precisamente, a partir da constituição destas como representantes de seus segmentos, no Comitê Gestor do Plano Estadual de Segurança Pública de Combate à LGBTfobia (2010 – 2014), marco temporal em que, tanto as interlocutoras da pesquisa, quanto o pesquisador estiveram na composição do órgão. A título de hipótese, as formas como os sujeitos se identificam, e são socialmente identificados, comprometeriam a participação deles na gestão das estratégias institucionais de enfrentamento à violência cometida contra LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tal discussão se assenta na Teoria do Reconhecimento (HONNETH, 2003), cuja utilização e crítica (PIRES, 2016), servem como referencial teórico, a fim de embasar a importância de se reconhecer as identidades pessoais e coletivas como imperativo na resolutividade de conflitos sociais, por um lado; e de outro, questionar uma tendência geral de predominância do controle do Estado sobre as pautas dos movimentos sociais, respectivamente. A metodologia para coleta de dados é da História Oral, através do registro de depoimentos orais. Este método caracteriza-se para, além da descrição de fatos, imprimir na pesquisa a subjetividade do relato, cuja existência destaca as expectativas e reivindicações invisibilizadas de sujeitos historicamente marginalizados (POLLACK, 1989). Em razão disso, as trajetórias narradas pelas interlocutoras da pesquisa, a respeito de suas experiências relacionadas ao objeto do estudo, são evocadas como importante fonte documental do trabalho, bem como a do próprio autor, pois se confunde com àquelas. O tratamento dos dados será realizado por meio da análise interseccional (COLLINS, 2000, 2007; CRENSHAW, 2002), isto é, recorrer-se-á ao cruzamento das informações relativas aos marcadores identitários, no esforço de verificar como estes foram mobilizados pelos agentes públicos, no trato com as interlocutoras da pesquisa. Conclui-se que o peso que se dá aos usos (e abusos) desses marcadores alargam o distanciamento dos sujeitos quanto ao exercício de suas cidadanias.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1552154 - SVEN PETERKE
Interno - 2485129 - MARLENE HELENA DE OLIVEIRA FRANCA
Externo à Instituição - BENEDITO MEDRADO DANTAS
Externo à Instituição - MONICA PRATES CONRADO