PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E POLITICAS PÚBLICAS (PPGDH)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LIVIA MARIA NASCIMENTO SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIVIA MARIA NASCIMENTO SILVA
DATA: 12/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/xpo-obut-gtv
TÍTULO: JUSTIÇA SOCIAL AFRODIASPÓRICA: pensando alternativas a lógica desenvolvimentista a partir da atuação do Grupo de Valorização Negra do Cariri
PALAVRAS-CHAVES: Justiça social afrodiaspórica. Alternativas ao desenvolvimento. GRUNEC.
PÁGINAS: 198
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Direito
SUBÁREA: Direitos Especiais
RESUMO: Muito se pode discutir acerca das consequências do desenvolvimentismo, mas a imposição de uma visão sociocultural e historiográfica única como paradigma epistemológico e ontológico para estabelecer toda ordem civilizatória, política, econômica, jurídica, ideológica, ambiental e cultural que se conhece é o principal ponto que se pretende problematizar nessa dissertação. Nesse sentido, a presente pesquisa tece uma crítica a lógica desenvolvimentista fundada na colonialidade racializada no primeiro capítulo e, em contraponto, apresenta no segundo capítulo outras cosmovisões, de raízes afrodiaspóricas e afro-ameríndias, como a Maat, o Ubunto, a Carta Mandinga, o quilombismo, Pachakama, Pachamama e o Bem Viver, abrindo caminhos para pensar a centralidade e valorização da vida em suas múltiplas dimensões. Nos últimos tópicos, aborda-se a atuação dos movimentos negros brasileiros e do Ceará até chegar na região do Cariri cearense, com foco na atuação do Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), evidenciando o quanto a agência negra desses movimentos tem mobilizado as estruturas em busca de uma ruptura com a lógica desenvolvimentista. O aporte teórico-metodológico abrange teorias de Rodney, Mbembe, Césaire, Quijano, Mignolo, Sueli Sousa, Milton Santos, entre outros/as para criticar o desenvolvimento, além das obras de Krenak, Bispo, Cunha Junior, Goés, Acosta, entre outros/as intelectuais para pensar diferentes marcos e valores (a)civilizatórios em perspectivas amefricanas, conforme ensina Lélia Gonzalez. A partir das análises e discussões bibliográficas realizadas, no último capítulo da dissertação, pretende-se traçar paralelo com a atuação do GRUNEC, investigando, por meio de pesquisa de campo, observação participante e aplicação de questionários, os fundamentos, valores e ideiais do Grupo, bem como suas conquistas e desafios ao enfrentar o racismo estrutural, percebendo as particularidades da região caririense. Ao final, visa-se frisar que a agência negra tem apresentado paradigmas para alcançar justiça social, não aquela “justiça branca”, criticada por Fanon, que negocia direitos por meio do pacto narcísico da branquitude, explicado por Cida Bento, mas sim uma afrodiaspórica, forjada pelas resistências históricas dos movimentos negros.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1683652 - ANTONIO MANOEL ELIBIO JUNIOR
Interno - 1858227 - RUTH HENRIQUE DA SILVA
Externo ao Programa - 1357972 - VICO DENIS SOUSA DE MELO
Externo à Instituição - FRANCISCA LAUDECI MARTINS SOUZA
Externo à Instituição - MARIELSON DE CARVALHO B. DA SILVA