PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E POLITICAS PÚBLICAS (PPGDH)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: DIOGO DE SOUZA MONTEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIOGO DE SOUZA MONTEIRO
DATA: 30/03/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Googlemeet
TÍTULO: “ATRAVÉS DOS OLHOS DELA”: MEMÓRIAS TRAVESTIS NA PROMOÇÃO DE DIREITOS HUMANOS
PALAVRAS-CHAVES: TRAVESTI, EXPERIÊNCIA, MEMÓRIA, CONFLITOS SOCIAIS, SOLIDARIEDADE
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: A presente pesquisa trata da importância do direito à memória na promoção dos Direitos Humanos (Decreto nº 7.037, De 21 de Dezembro De 2009 - Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3). Para tanto, investiga a contribuição da História Oral como método estratégico para produção e formação de uma cultura de Direitos Humanos, pautada na diversidade. Nesse sentido, discute-se a produção elaborada sobre e por LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), em uma formação histórica, política e teórica integrada de Direitos Humanos. Estas são pensadas menos como disciplinas autônomas, no contexto de uma educação formal, e mais como eixos formadores, cujas dimensões se cruzam, diante das experiências vivenciadas por grupos socialmente vulnerabilizados. O sujeito da pesquisa é uma pessoa travesti, e seu objeto os relatos orais dela, presentes no acervo da Coleção “TransHistórias”, do Museu da Pessoa. Através de um percurso metodológico que analisa a produção de grupos desfavorecidos “contra o desperdício da experiência” (SANTOS, 2017), foca-se, em seguida, na experiência do debate público sobre as pautas de Direitos Humanos pontuadas pelo movimento social organizado, em dois contextos: ora tratadas pelo poder público como negociáveis, em um ambiente democrático, ora como uma oportunidade de consolidação de uma agenda antidemocrática. Por isso mesmo, o ato de rememorar (GAGNEBIN, 2010), isto é, o movimento permanente de disputa entre lembrança e esquecimento, e apontado como recurso estratégico para consolidação das democracias, contra discursos que visem desestabilizá-la. A violência na experiência travesti segue sendo analisada, a partir da análise do relato de História de Vida de uma travesti, a partir da categoria analítica “solidariedade” (HONNETH, 2010), a fim de se deduzir como as relações solidárias entre a interlocutora e outras travestis aparecem em suas memórias. A hipótese é de que as experiências de solidariedade entre elas auxiliam na mitigação da violência. A conclusão é de que a estratégia de compartilhar, por meio de suas memórias, experiências de violência, e a forma como lida com isso, são percebidas pela interlocutora como meios eficazes de mediação de conflitos sociais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1552154 - SVEN PETERKE
Interno - 2485129 - MARLENE HELENA DE OLIVEIRA FRANCA
Externo à Instituição - BENEDITO MEDRADO DANTAS
Externo à Instituição - MONICA PRATES CONRADO