PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E POLITICAS PÚBLICAS (PPGDH)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: BRENA MIRANDA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRENA MIRANDA DA SILVA
DATA: 27/04/2023
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/utk-cpkq-mee
TÍTULO: RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: UMA ANÁLISE DOS ASPECTOS INTERSECCIONAIS NA ASSISTÊNCIA EM TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS E TECIDOS
PALAVRAS-CHAVES: Palavras chave: Relações étnico-raciais, Interseccionalidade, Direitos humanos, Transplante de Órgãos e Tecidos.
PÁGINAS: 136
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Sociologia da Saúde
RESUMO: Traçar uma correlação entre a saúde da população negra e o transplante de órgãos e tecidos, tornou-se um desafio, uma vez que os estudos na área são escassos e a literatura consultada apresentou que os principais fatores que acometem a realização de transplantes são para além de causas biológicos (idade, etnia, compatibilidade/ tipo sanguíneo e tempo de diálise) existem aspectos ligados às relações étnicas e raciais que implicam na sobrevivência do enxerto. Desse modo, neste estudo de eminência qualitativa discorri sobre a saúde da população negra e as intersecções de raça/cor no serviço de transplante de órgãos, com objetivo de compreender como as expressões das desigualdades raciais e suas interseccionalidades impactaram no processo saúde-doença dos usuários do serviço de transplante de órgãos e tecidos atendidos no Ambulatório de Transplante Renal e Hepático do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC); Além disso, realizei uma descrição sobre a trajetória de acesso ao serviço de transplante de órgãos e tecidos durante a Pandemia proliferada pelo Vírus da COVID-19, elaborei um perfil sociorracial dos usuários de serviço de transplante de órgãos/tecidos, e, no entremear dos achados da pesquisa correlacionei as intersecções do quesito raça/cor no acesso e/ou permanência no serviço de transplante de órgãos. Sobre os aspectos metodológicos, utilizei as seguintes técnicas de pesquisa: observação simples, entrevista semi-estruturada e análise documental. Para tanto, tive como base teórica os seguintes estudiosos da temática relações étnico raciais, saúde coletiva e direitos humanos, tais como: Guimarães (2005), Munanga (2006), Schwarcz (1998), Werneck (2007), Almeida (2019) e Mbaya (1997). Em suma, depreendi que existem disparidades no acesso ao serviço de transplantes, sendo a população negra alvo do racismo institucional que opera estruturalmente na formação social capitalista e estrategicamente funciona como mecanismo definidor de lugares sociais. Sendo que as antigas desigualdades advindas do período colonial escravista são reeditadas e têm resultado em profundas violações de direitos humanos, as quais dilaceram e despotencializam as minorias populacionais usuárias da política de saúde.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1779954 - LUZIANA RAMALHO RIBEIRO
Interno - 1645118 - RENATA MONTEIRO GARCIA
Externo à Instituição - REGINA COELLI GOMES NASCIMENTO