PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E POLITICAS PÚBLICAS (PPGDH)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de QUALIFICAÇÃO: GUILHERME PINTO DO NASCIMENTO
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GUILHERME PINTO DO NASCIMENTO
DATA: 14/03/2018
HORA: 14:30
LOCAL: SALA DE REUNIÃO PPGDH
TÍTULO: O NÚCLEO PERMANENTE DE PATERNIDADE "NOME LEGAL" DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA: MEMÓRIAS DE UM PROJETO EM DIREITOS HUMANOS (2011-2015)
PALAVRAS-CHAVES: Criança e adolescente; Nome Legal; Ministério Público; Memória.
PÁGINAS: 71
RESUMO: O Núcleo de Paternidade Permanente (NUPAR) Nome Legal do Ministério
Público da Paraíba (MPPB) surgiu a partir de 2015, como forma de efetivação e
institucionalização das práticas do projeto de mesmo nome, sendo este último
criado em razão do número alarmante trazido pelo Censo Escolar do CNJ em
2011 de que 5,5 milhões de crianças não possuíam o nome do pai no registro
civil. O objetivo do estudo é justamente analisar o NUPAR- a partir das
memórias e das conquistas históricas de direitos das crianças e adolescentes -
como um projeto em direitos humanos, constituindo-se, com relação à
metodologia, em uma pesquisa qualitativa, que se socorrerá à História Oral,
posto a futura realização de entrevistas semiestruturadas. Apesar do
regramento internacional na proteção dos direitos da criança desde 1924, o
Brasil foi um retardatário neste aspecto, pois só regulou a criança e
adolescente como sujeito de direito dotado de proteção integral com a
Constituição Federal de 1988, consolidando-se no Estatuto da Criança e
Adolescente (ECA) em 1990. Em 1992, a lei 8.560, que trata da averiguação
oficiosa de paternidade, é sancionada, mas não aplicada na prática (o que, ao
menos, atenuaria os números preocupantes do Censo Escolar de 2011).
Percebe-se, com a análise do projeto, que atuação ministerial extrajudicial é de
grande relevância na efetivação e consolidação dos direitos da criança e
adolescente, sobretudo em razão do desgaste proveniente da judicialização. A
memória, a partir de Le Goff (1990), Pollak (1992), Leal (2016), entre outros,
em parceria com as histórias oral e do tempo presente são imprescindíveis
instrumentos de investigação e compreensão neste estudo, pois contribuem
com a construção de um sujeito independente e com uma história mais
completa e equânime, sem manipulação e imposição de esquecimento,
atribuindo importância a todos os acontecimentos. Assim, conclui-se que a
atuação ministerial, e a força tarefa montada pelo MPPB - através da adoção
de uma educação em direitos humanos, a sua compatibilidade com as
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos e a
correspondência com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos,
mais especificamente no eixo 1 (Educação Básica) - foi responsável direta pelo
resgate da figura paterna na vida de crianças e adolescentes e mudança de
paradigma em relação à paternidade, baseada (prioritariamente) no afeto.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1180155 - GERALDA MACEDO
Interno - 1009018 - MARIA DE NAZARE TAVARES ZENAIDE
Presidente - 1330406 - MARIA ELIZETE GUIMARAES CARVALHO