PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE (PRODEMA - MEST)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: RAYSSA BATISTA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYSSA BATISTA DA SILVA
DATA: 14/02/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório do PRODEMA - Híbrido
TÍTULO: SUSTENTABILIDADE SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL NA PESCA DO CARANGUEJO-UÇÁ (Ucides cordatus Linnaeus, 1763): GOVERNANÇA E GESTÃO EM ESTUÁRIOS DO NORDESTE BRASILEIRO
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Sustentabilidade. Gestão participativa. Pesca artesanal. Políticas públicas. Manguezais. Conhecimento Ecológico Tradicional.
PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: Este estudo analisa a pesca do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) em estuários do Nordeste brasileiro, com foco na governança, nas práticas pesqueiras e nas percepções de sustentabilidade dos pescadores. O primeiro capítulo investiga a captura do caranguejo-uçá e a governança relacionada em duas áreas distintas: a Reserva Extrativista Acaú-Goiana (RESEX), uma Unidade de Conservação (UC), e o Estuário do Rio Paraíba, desprovido de regulamentação formal. A pesquisa revelou que, apesar das diferenças nos modelos de gestão, as técnicas de captura predominantes, como a redinha e a ratoeira, são amplamente utilizadas em ambos os estuários, refletindo práticas não regulamentadas que desafiam a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. A RESEX, embora mais organizada administrativamente, enfrenta desafios relacionados à fiscalização e ao engajamento dos pescadores, enquanto o Estuário do Rio Paraíba, sem regulamentação formal, apresenta vulnerabilidades socioeconômicas e ambientais mais pronunciadas. No segundo capítulo, a pesquisa foca na percepção dos pescadores sobre a sustentabilidade da captura do caranguejo-uçá. As entrevistas com pescadores destacam a importância do conhecimento ecológico tradicional (CET) e as práticas sustentáveis, como a liberação de fêmeas e caranguejos jovens, para garantir a continuidade da pesca e a preservação dos manguezais. A pesquisa também identificou que os pescadores consideram o manguezal resiliente, mas enfrentam desafios significativos, como a penosidade do trabalho e a criminalidade no Estuário do Rio Paraíba. A dependência dos atravessadores para comercialização dos caranguejos foi observada como um fator limitante para a autonomia econômica dos pescadores. A metodologia aplicada para a coleta de dados envolveu uma abordagem qualitativa, utilizando entrevistas semi-estruturadas com pescadores, lideranças locais e gestores ambientais, além de observações diretas nas áreas de pesca. As entrevistas foram realizadas com um roteiro flexível, permitindo explorar aspectos relacionados à sustentabilidade da pesca, às práticas pesqueiras e à governança nos dois estuários. Também foram realizadas visitas de campo para observar as técnicas de captura e as condições de trabalho, bem como a análise de documentos relacionados à gestão e regulamentação da pesca nas regiões estudadas. Os resultados indicam a necessidade de políticas públicas que integrem os saberes tradicionais com abordagens modernas de manejo, promovam a co-gestão e incentivem práticas pesqueiras mais sustentáveis. A pesquisa reforça a relevância dos manguezais como ecossistemas vitais para a biodiversidade e a subsistência das comunidades locais, apontando para a urgência de ações que conciliem conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338128 - GEORGE EMMANUEL CAVALCANTI DE MIRANDA
Interno - 1117951 - GUSTAVO FERREIRA DA COSTA LIMA
Interno - 2641694 - PABLO RIUL
Externo ao Programa - 336355 - GILSON FERREIRA DE MOURA
Externo à Instituição - ANDERS JENSEN SCHMIDT