Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLOS ALBERTO CAVALCANTE DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS ALBERTO CAVALCANTE DA SILVA
DATA: 28/04/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Laboratório LTI
TÍTULO: A CONCEPÇÃO DE TEMPO NA FILOSOFIA AFRICANA: Uma análise a partir da perspectiva exusíaca
PALAVRAS-CHAVES: Temporalidade; Filosofia Africana; Exu; Ancestralidade; Descolonização
PÁGINAS: 41
RESUMO: Esta dissertação investiga as concepções de temporalidade na Filosofia Africana, explorando como elas desafiam e ressignificam paradigmas ocidentais de linearidade e progresso. Partindo de uma perspectiva decolonial, o trabalho três dimensões: (1) a introdução à Filosofia Africana como campo epistêmico autônomo e insurgente; (2) a análise da temporalidade rizomórfica articulada pela figura de Exu; e (3) o papel da ancestralidade e tradição como eixo metodológico que conecta passado, presente e futuro em uma espiral ontológica. No Capítulo 1, demonstra-se como a Filosofia Africana opera uma ruptura com a racionalidade analítica moderna, substituindo-a por uma epistemologia biocêntrica e relacional. O Capítulo 2 examina a ancestralidade e a tradição não como culto aos mortos, mas como diálogo ativo com os eguns, mediadores que tecem a continuidade da existência coletiva. O Capítulo 3 desvela a temporalidade exusíaca como antídoto à lógica colonial de tempo: em vez de linearidade, Exu propõe um tempo-espiral, onde passado e futuro coexistem dinamicamente nos cruzos do agora. A pesquisa conclui que a temporalidade na Filosofia Africana é gesto político de descolonização, oferecendo a noção de bioceno enquanto alternativa à noção de antropoceno, integrando humanos, natureza e ancestrais como ecossistema rizomórfico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1774137 - DILAINE SOARES SAMPAIO
Externo à Instituição - REGINA COELI ARAUJO NEGREIROS
Externo à Instituição - VALMIR PEREIRA