Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ BARTOLOMEU DOS SANTOS JUNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ BARTOLOMEU DOS SANTOS JUNIOR
DATA: 25/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: sala 316 centro de educação
TÍTULO: SOBÔ NIRÊ MAFÁ: VIVÊNCIAS E PRÁTICAS AFRO-PERNAMBUCANAS A PARTIR DE MALUNGUINHO NAS PERCEPÇÕES DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE POVOAÇÃO DE SÃO LOURENÇO
PALAVRAS-CHAVES: Ciências Empíricas da Religião; Comunidade Quilombola; Jurema; Malunguinho; Pernambuco.
PÁGINAS: 203
RESUMO: A Tese de doutoramento foi realizada a partir de investigações na Comunidade Quilombola Povoação de São Lourenço, município de Goiana-PE. O objetivo geral é investigar as práticas e vivências étnico culturais em torno das pessoas históricas e divinas, dos Malunguinhos. Malunguinho é o diminutivo da palavra banto Malungo e que na primeira metade do século XIX estava relacionada aos líderes dos quilombos das Matas do Catucá, onde na Freguesia de Tejucupapo se destacavam as ações de João Pataca e João Bamba. Da história social, os Malunguinhos deificaram-se auxiliando em outrora e no presente aqueles que os procuram por diferentes motivações nas cerimônias da Jurema Sagrada nas vertentes de Mestre, Caboclo e Exu. No que se refere ao aspecto teórico-metodológico, minha tese utiliza a perspectiva etnográfica, entendendo a etnografia tanto como método como teoria, de acordo com Michael Angrosino (2009) e Mariza Peirano (2014). Entre as oito subáreas da área de Ciências da Religião e Teologia, meu trabalho situa-se no âmbito das Ciências Empíricas da Religião, em diálogo com a Antropologia das Religiões. Os objetivos específicos da tese são: identificar e descrever a partir de referências bibliográficas os Malunguinhos deificados nos cultos afro-indígenas; analisar e descrever o processo de (re)conhecimento quilombola no legado afro-indígena na comunidade; identificar, analisar e descrever como as pessoas vivenciam, praticam e valorizam as crenças afro-indígenas; debater e analisar as práticas e ritualísticas do Carrego da Lenha em 10 de agosto e da Oferenda para os Reis Malunguinho no dia 20 de novembro de cada ano, organizando a ideia de Malunguidade, ou seja, a continuação de Malunguinho em hibridismos percebidos na comunidade. O Conceito de Malunguidade organizado nesta tese entende-se como o conjunto de práticas e vivências da comunidade que remete a Malunguinho, transcendendo a questão religiosa e também perpassa pela força política de Malunguinho considerando os Malungos históricos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1774137 - DILAINE SOARES SAMPAIO
Interno - 1814691 - MARIA LUCIA ABAURRE GNERRE
Externo à Instituição - ZULEICA DANTAS PEREIRA CAMPOS