Banca de DEFESA: TIAGO ALVES CALLOU

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TIAGO ALVES CALLOU
DATA: 29/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: sala 316 centro de educação
TÍTULO: TRAJETÓRIAS TRANS(VIADAS) NOS TERREIROS: TRANSIÇÕES, HISTÓRIAS DE VIDA E DIREITOS HUMANOS
PALAVRAS-CHAVES: Transgeneridade. Religiões afro-brasileiras. Violência. Histórias de vida. Ciências Empíricas da Religião.
PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Teologia
RESUMO: A presente pesquisa visa abordar as trajetórias das pessoas trans* dentro de três religiões afro-brasileiras – Umbanda, Candomblé e Catimbó-Jurema -, em uma perspectiva ampla, a partir da etnografia multisituada, perpassando pelas transições, histórias de vida e violências sofridas pelas/os interlocutoras/es. Trata-se de um trabalho no âmbito das Ciências Empíricas da Religião, em diálogo com a Antropologia. A análise abordará a construção do conceito de gênero e da transgeneridade, bem como as suas problematizações, transpassando pelas religiões afro-brasileiras e afro-indígenas, principalmente sobre a pertença dos corpos trans* nas ritualísticas afro-brasileiras. Como objetivo geral, serão analisadas as trajetórias das pessoas transgêneras dentro das religiões afro-brasileiras e as respectivas implicações das suas transições dentro do ambiente religioso. Já os objetivos específicos são: realizar um debate sobre a construção da categoria gênero e seu desenvolvimento até os estudos da transgeneridade; analisar os debates sobre a transgeneridade e as religiões afro-brasileiras, tanto na perspectiva dos autoras/es considerados clássicos quanto no olhar de pessoas autoras mais recentes, através da elaboração de um estado da arte; abordar a transfobia religiosa no âmbito das religiões afro-brasileiras, bem como as violências que as/os adeptas/os sofrem e os discursos/práticas de acolhimento; analisar as trajetórias trans(viadas) nos terreiros e as resistências das pessoas transgêneras na religião. A relevância da pesquisa se alicerça na escassez de trabalhos debatendo transgeneridade nas religiões afro-brasileiras, principalmente dentro da área de Ciências da Religião, que apesar de ter análises sobre gênero e religião, ainda estão, na grande maioria, dentro de concepções binárias e feministas. Ao final, pretendo demonstrar que a inserção dos corpos trans* dentro das ritualísticas pode ocorrer a partir do conceito de Butler (2018) de performance corpórea e a reinvindicação do espaço pela simples presença dos corpos, independentemente de verbalizações. Assim, as trajetórias trans(viadas) são uma manifestação silenciosa de reivindicações de pertença e espaço, combatendo as cisnormas nos terreiros e transfobias religiosas dentro da religião e da ritualística, local em que seus corpos devem ser respeitados, bem como as suas identificações de gênero
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1774137 - DILAINE SOARES SAMPAIO
Interno - 1732317 - RITA CRISTIANA BARBOSA
Externo à Instituição - André Sidnei Musskopf
Externo à Instituição - NILZA MENEZES LINO LAGOS
Externo à Instituição - Vicente Tchalian