PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: PAULO CAVALCANTE DE ALBUQUERQUE MELO
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULO CAVALCANTE DE ALBUQUERQUE MELO
DATA: 16/12/2024
HORA: 15:00
LOCAL: meet.google.com/pse-hryu-czv
TÍTULO: A NOCIVIDADE DA MORAL FECHADA NO ENSINO RELIGIOSO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA
PALAVRAS-CHAVES: Ensino Religioso. Moral Fechada. Nocividade. Modelo de Ensino Religioso. Ciências da Religião
PÁGINAS: 121
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Teologia
RESUMO: Esta dissertação tem como tema a nocividade da moral fechada no Ensino Religioso (ER) na educação pública brasileira. O objeto de estudo concentrou-se na moral fechada, entendida enquanto nocividade do ER, que é perpetuada na disciplina como consequência das pressões do campo religioso brasileiro nos campos político, jurídico e educacional. Como aspectos teórico-metodológicos, utilizamos uma análise crítica e uma abordagem de pesquisa bibliográfica e documental. Objetivamos, com a pesquisa, realizar aprofundamentos no tema da nocividade do ER, com a finalidade de chamar a atenção para refletirmos sobre a reestruturação da disciplina levando em consideração a superação da moral fechada. Os objetivos específicos desta dissertação são: i) problematizar sobre os campos que constituem a nocividade do ER na educação pública brasileira; ii) ampliar a discussão sobre ER no âmbito da educação moral; iii) criticar a moral fechada no ER; iv) refletir, com foco nas questões morais, sobre os possíveis modelos de ER. No primeiro capítulo, a partir da teoria bourdieusiana dos campos sociais, problematizamos sobre os campos que constituem e promovem a nocividade do ER na educação pública. Apontamos a necessidade de uma reestruturação na disciplina que considere reformas políticas, jurídicas e educacionais. Contudo, entendemos que não basta reestruturar o ER apenas do ponto de vista legal; é preciso também refletir sobre sua legitimidade ética e moral. No segundo capítulo, avançamos em uma discussão mais crítica sobre o ER e apresentamos que a dimensão da moral ainda é pouco problematizada na área. Com base nas contribuições de autores como a Adela Cortina, Martínez Navarro, Pedro Goergen, entre outros, situamos o debate sobre o ER no campo da educação moral, criticamos a presença da moral fechada e, finalmente, evidenciamos que, para a disciplina cumprir seu papel socioeducativo, é urgente que passe por um processo de abertura moral. No terceiro capítulo, discutimos sobre a teoria dos três modelos pedagógicos do ER, com base nas proposições de João Décio Passos (2007) e outros autores, apresentando novos enfoques na discussão, a saber: as implicações morais que cada modelo de ER suscita e questionando criticamente qual, dentre os modelos, possibilita uma maior abertura moral. Nesse contexto, apresentamos o modelo das CR, cuja razão de ser tem se justificado no empenho de construir uma identidade pedagógica, não-confessional e laica para o ER. Enfatizamos que o modelo pedagógico das CR é o que mais se preocupa com perspectivas abertas no ER, no entanto, enfrenta inúmeros desafios e ainda não dispõe das condições estruturais necessárias para sua plena implementação. Nas considerações finais, concluímos que para pensarmos coletivamente sobre a reestruturação do ER com base em perspectivas abertas, é importante emancipar a disciplina do moralismo imposto pelo campo religioso brasileiro. Para tanto, um dos possíveis caminhos é o da ética profissional, da profissionalização e da profissionalidade docente em ER.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1732469 - MARINILSON BARBOSA DA SILVA
Interno - 3291357 - VITOR CHAVES DE SOUZA
Externo à Instituição - JOSILENE SILVA DA CRUZ