PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
- Telefone/Ramal
-
Não informado
Notícias
Banca de DEFESA: CICERA SILVILENE LEITE MATIAS
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CICERA SILVILENE LEITE MATIAS
DATA: 28/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual, Link: https://meet.google.com/bay-ofth-zot
TÍTULO: FILOGEOGRAFIA, ECOLOGIA E PARASITOLOGIA DE Bothrops erythromelas (AMARAL, 1923) (SQUAMATA: VIPERIDAE): SERPENTE ENDÊMICA DA CAATINGA
PALAVRAS-CHAVES: autoecologia, diagonal seca, filogeografia, helmintos, espécie nova.
PÁGINAS: 197
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: A região Neotropical abriga a Floresta Amazônica (AM) e a Mata
Atlântica (AF), populares pelo seu alto nível de endemismo, rica
biodiversidade, e separadas por um corredor de mata seca, conhecido
como Diagonal Seca (DD), que atravessa o território brasileiro no sentido
nordeste-sudoeste, caracterizado por clima seco e menor densidade vegetacional, formado pelo Chaco, Cerrado e Caatinga. A Caatinga é
caracterizada como a maior das Florestas Tropicais Sazonalmente Secas
(FTSS) e um dos maiores hotspots de biodiversidade da América do Sul.
Esta região é constituída por florestas tropicais secas deciduais, áreas
rochosas abertas e encontros com floresta tropical úmida. A baixa
disponibilidade de água e a grande variedade de solos designam a
Caatinga, o bioma ainda abriga uma rica diversidade da flora e fauna, com
diversos grupos e espécies endêmicas. Bothrops erythromelas (Jararaca-
da-Caatinga) tem uma ampla distribuição na Caatinga e tem notório
reconhecimento na medicina e farmacologia. O presente estudo integra
taxonomia, evolução, ecologia e parasitismo de Bothrops erythromelas.
Estudamos um conjunto de dados de mtDNA (COI e CytB) objetificando
reconhecer os processos históricos e contemporâneos influentes na
evolução da paisagem e na diversificação da espécie, assim como avaliar
seus limites de distribuição geográfica. Usamos amostras de seis estados
brasileiros para análises moleculares (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco,
Piauí e Rio Grande do Norte) e de sete estados brasileiros (Alagoas, Bahia,
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe) para análises
morfológicas com ocorrência de Bothrops cf. erythromelas. Nossa
amostragem consta 112 sequências dos genes mtDNA (89 B. cf.
erythromelas, 20 sequências da espécie- irmã Bothrops lutzi e três
sequências utilizadas como grupo externo: B. jararaca, B. diporus e B.
pubescens). Realizamos a construção de uma árvore genética concatenada
datada e com probabilidade posterior, rede de haplótipos, testamos
estruturação populacional, inferimos a origem geográfica pelo espaço-
temporal (RRW), áreas de adequabilidade climática e sobreposição de
nicho para Bothrops erythromelas. O trabalho também resultou na
descrição de uma nova espécie de serpente do gênero estudado, onde os
resultados indicam uma separação de Bothrops sp. nov. e B. erythromelas
por meio do gene mitocondrial (COI e CytB) e pela morfologia, diferente em pelo menos dez variáveis discretas, com uma sobreposição baixa
(1,5%) dos caracteres, e ainda suportado por uma distância genética de
2.5% para COI e 1.6% para CytB. No total estudamos 247 indivíduos, 107,
200, 225 e 112 para dieta, dimorfismo sexual, recrutamento e reprodução,
respectivamente. As informações coletadas são cruciais para compreender
os aspectos biológicos e ecológicos, servindo como ferramentas para traçar
estratégias que visem a conservação das espécies. Por fim, analisamos o
trato gastrointestinal de 127 espécimes e encontramos 76 indivíduos
infectados com pelo menos um endoparasita, representado por 17 taxas de
helmintos: dois Acanthocephala, três Cestoda e 12 Nematoda. Esses
resultados representam grande importância na expansão da compreensão
sobre a biodiversidade brasileira, suprindo o lapso de conhecimento ainda
presente, principalmente por ser um estudo pioneiro sobre a fauna de
helmintos de B. erythromelas, onde descrevemos a ocorrência das espécies
Physaloptera lutzi e Parapharyngodon hispidus pela primeira vez em
serpentes.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 807.295.681-72 - ADRIAN ANTONIO GARDA - UFRN
Externo à Instituição - FAUSTO ERRITO BARBO
Interno - 060.863.514-65 - FELIPE DE MEDEIROS MAGALHÃES - UFPB
Externo à Instituição - ROBSON WALDEMAR ÁVILA
Externo à Instituição - VIVIAN CARLOS TREVINE