PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: PAOLLA GABRYELLE CAVALCANTE DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAOLLA GABRYELLE CAVALCANTE DE SOUZA
DATA: 12/08/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Ambiente Virtual, Link: https://meet.google.com/rts-jafx-jfp
TÍTULO: FAUNA SUBTERRÂNEA DE COLLEMBOLA NO OESTE POTIGUAR: DIVERSIDADE CRÍPTICA E NOVAS ESPÉCIES
PALAVRAS-CHAVES: Paronellinae, filogeografia, delimitação de espécies, mitogenoma, taxonomia.
PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: A integração dos métodos moleculares e morfológicos tem auxiliado na descoberta ou reposicionamento de táxons morfologicamente similares em Collembola. Indivíduos que habitam cavernas estão sujeitos a pressões seletivas semelhantes e podem apresentar características morfológicas parecidas entre si, como redução ou ausência de olhos e de pigmentação corporal e alongamento de apêndices sensoriais. A forte sazonalidade vista na Caatinga tornou cavernas importantes refúgios para invertebrados de solo. O gênero Trogolaphysa (Entomobryidae, Paronellinae) possui 24 espécies registradas para o Brasil e está amplamente distribuído em cavernas da região semiárida do Rio Grande do Norte. Este trabalho possui como principal objetivo identificar as espécies distribuídas em cavernas da região mesoeste do Rio Grande do Norte, sua distribuição, delimitação e história evolutiva, através da integração de dados morfológicos e moleculares, e, se necessário, descresvê-las. A espécie de Trogolaphysa amplamente distribuídas nas cavernas do RN foi comparada com espécies existentes e se assemelha à espécie Lepidonella zeppelinii. O material tipo de L. zeppelinii foi revisitado, os indivíduos foram comparados e a espécie foi redescrita baseada nos novos exemplares coletados mudando-a para o gênero Trogolaphysa. Portanto, o conjunto de dados com 32 sequências parciais do marcador mitocondrial Citocromo Oxidase I de Trogolaphysa zeppelinii comb. nov. foi utilizado na reconstrução filogenética de Máxima Verossimilhança, inferência Bayesiana e na delimitação de espécies pelos métodos ABGD, ASAP, bPTP, mPTP e GMYC. Cinco linhagens de T. zeppelinii comb. nov. foram delimitadas, sendo duas linhagens com valores de suporte absoluto e morfologias semelhantes. A distância genética, AMOVA e teste de Mantel confirmam uma clara distinção entre as populações do norte e do sul da área estudada. Embora esses grupos sejam geneticamente distintos e tenham algumas semelhanças morfológicas, a falta de diferenças morfológicas evidentes, combinada com a inconsistência entre os dados genéticos e morfológicos, impede que as populações sejam consideradas espécies separadas neste momento. Além disso, foi realizada extração e o sequenciamento do mitogenoma de T. zeppelinii comb. nov., em que foi apresentada a análise do seu mitogenoma e árvore filogenética baseada em genes codificadores de proteínas para verificar o seu posicionamento filogenético entre os Entomobryoidea. O sequenciamento revelou uma molécula circular de 14.822 pares de base, contendo 13 genes codificadores de proteínas, 22 genes ribossomais transportadores e dois genes ribossômicos. Trogolaphysa zeppelinii comb. nov. encontra-se em clado monofilético de Trogolaphysa e está inserida entre os Paronellinae, sendo o gênero proximamente relacionado de Troglopedetes e Cyphoderus. A inclusão deste novo mitogenoma em análises filogenéticas, especialmente em análises baseadas em loci conservados, ressalta a necessidade de mais mitogenomas de espécies Neotropicais, principalmente de Cyphoderus, para uma elucidação mais precisa das relações internas entre os gêneros de Paronellinae. Por fim, foram descritas duas novas espécies de Collembola coletadas em cavernas na região semiárida do Rio Grande do Norte, Cyphoderus caatinguensis sp. nov. e Pararrhopalites iataganii sp. nov. A espécie C. caatinguensis sp. nov. distingue-se pela combinação de sua quetotaxia labial, úngues com dente apical filamentoso e o número de cerdas plumosas na face dorsal do dens. Já P. iataganii sp. nov. difere das demais espécies do gênero pelo número de subsegmentos do quarto antenômero, número de espinhos cefálicos, quetotaxia do manúbrio e a fórmula ventral do dens. Ambas exibem traços troglomórficos, como a redução de pigmentação e olhos, e sua descrição contribui para o entendimento da fauna neotropical subterrânea e fornece subsídios para futuras políticas de conservação das cavernas do estado do Rio Grande do Norte. Este trabalho evidencia complexidade da diversidade genética de colêmbolos em ecossistemas cavernícolas, reforçando a necessidade de abordagens taxnômicas integrativas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AILA SOARES FERREIRA
Interno - 2418253 - ALESSANDRE PEREIRA COLAVITE
Externo à Instituição - ANAMARIA DAL MOLIN
Externo à Instituição - DIEGO DE MEDEIROS BENTO
Presidente - 612.050.281-53 - DOUGLAS ZEPPELINI FILHO - UEPB