PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: RENATA LIMA MACHADO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATA LIMA MACHADO DA SILVA
DATA: 20/01/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO: INSETOS GALHADORES EM BREJOS DE ALTITUDE DA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Insetos galhadores, Galhas, Morfotipo, Interação inseto-planta, Brejos de Altitude.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: Estes são os primeiros registros de galhas para a Mata do Pau-Ferro, em Areia, e a Mata do Goiamunduba, em Bananeiras. Galhas são alterações patológicas nos tecidos das plantas, resultantes de processos de hipertrofia e/ou hiperplasia causados pela interação entre insetos indutores e suas plantas hospedeiras. Este estudo teve como principais objetivos: (i) no Capítulo I, inventariar a diversidade de galhas, caracterizando-as quanto ao órgão da planta atacado, forma, cor, presença ou ausência de tricomas, ocorrência, inseto indutor, identificação das plantas hospedeiras e a entomofauna associada; e (ii) no Capítulo II, investigar diferenças na riqueza e abundância de plantas com galhas e nos morfotipos entre as estações seca e chuvosa. Para o levantamento da diversidade de galhas nas duas áreas, foram realizadas buscas ativas, totalizando um esforço amostral de 72 horas em cada remanescente. Para avaliar a influência da sazonalidade, foram instalados transectos fixos na Mata do Goiamunduba, com coletas realizadas nas estações seca e chuvosa, totalizando duas amostragens por estação. Como resultados do Capítulo I, foram registrados 48 morfotipos de galhas na Mata do Pau-Ferro, associados a 19 famílias, 29 gêneros e 29 espécies de plantas. As famílias Fabaceae, Myrtaceae e Sapindaceae destacaram-se pela maior riqueza de galhas e o órgão com maior ocorrência de galhas foram as folhas. Identificaram-se seis formas de galhas: globoide, lenticular, fusiforme, enrolamento, clavada e amorfa. As cores mais frequentes foram verdes e marrons, e a maioria das galhas era desprovida de tricomas. Na Mata do Goiamunduba, foram encontrados 54 morfotipos de galhas em 23 espécies de plantas hospedeiras, distribuídas em 23 gêneros e 19 famílias, com destaque para Myrtaceae, Lecythidaceae e Melastomataceae. A maioria das galhas ocorreu nas folhas, com formas variando entre globoides, lenticulares, fusiformes, cônicas, amorfas, em forma de chifre, enrolamentos e dobramentos. As cores predominantes foram verdes e marrons, sendo 85,19% das galhas glabras. A família Cecidomyiidae foi identificada como o principal grupo de indutores de galhas em ambas as áreas. A fauna associada revelou maior diversidade de famílias de parasitoides na Mata do Goiamunduba, com sete famílias identificadas, enquanto apenas uma foi registrada na Mata do Pau-Ferro. Os parasitoides mais representativos pertenciam a diferentes famílias da ordem Hymenoptera. No Capítulo II, análises estatísticas mostraram que não houve diferenças significativas na riqueza e abundância de espécies de plantas com galhas, nem na abundância de morfotipos de galhas entre transectos, estações e anos. No entanto, observou-se maior ocorrência de plantas galhadas na estação seca. Os dados obtidos representam uma importante contribuição para o conhecimento das interações ecológicas entre insetos galhadores e suas plantas hospedeiras, especialmente em ambientes estacionais do Nordeste brasileiro. Esses resultados enriquecem a compreensão sobre as galhas de insetos em áreas de brejos de altitude, fornecendo subsídios para estudos futuros e estratégias de conservação desses ecossistemas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BARBARA PROENÇA DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - JULIANA SANTOS SILVA
Externo à Instituição - ROSY MARY DOS SANTOS ISAIAS
Externo à Instituição - SHEILA PATRÍCIA CARVALHO FERNANDES
Externo à Instituição - VALÉRIA CID MAIA