Banca de QUALIFICAÇÃO: JAILMA FERREIRA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAILMA FERREIRA DA SILVA
DATA: 21/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual, Link: https://meet.google.com/uzy-gsmg-zkr
TÍTULO: TAXONOMIA INTEGRATIVA DE OPHIONEREIDIDAE Ljungman, 1867 (OPHIUROIDEA, ECHINODERMATA) DO ATLÂNTICO OCIDENTAL
PALAVRAS-CHAVES: bentos marinho; Equinodermos; molecular; ofiuroides; sistemática.
PÁGINAS: 100
RESUMO: A classe Ophiuroidea destaca-se por ser o grupo mais recente, diverso e abundante dentre as cinco classes viventes do Filo Echinodermata, representando um modelo ideal na análise de padrões globais de diversidade e distribuição. Apesar da enorme diversidade morfológica exibida pela classe, alguns grupos por adotarem estilos de vida similares, possuem também morfologias parecidas, o que dificulta a identificação correta a nível específico, prejudicando outras áreas que dependem direta ou indiretamente da taxonomia. A exemplo da família Ophionereididae Ljungman, 1867, a qual inclui espécies que são facilmente confundidas, principalmente por apresentarem caracteres morfológicos considerados inconsistentes e que se sobrepõem, tornando complexa seu reconhecimento por meio da taxonomia tradicional. Neste contexto, o presente estudo buscou revisar as espécies da família Ophionereididae com ocorrência na região do Atlântico Ocidental sob a abordagem comparativa da Taxonomia Integrativa (TI). O estudo foi realizado a partir de seis espécies candidatas (SC), no qual se utilizou as seguintes ferramentas: a) morfologia externa; b) morfologia das microestruturas; c) morfometria linear; d) morfometria geométrica; e d) dados moleculares (fragmento do gene 16S). Fundamentadas na análise integrativa e seguindo a nomenclatura atualizada, foram redescritas e validadas: Ophiochiton ternispinus Lyman, 1883 (SC1), Ophionereis dolabriformis John; A.M. Clark, 1954 (SC2), Ophionereis olivacea H.L. Clark, 1900 (SC3), Ophionereis reticulata (Say, 1825) (SC4), Ophionereis squamulosa Koehler, 1914 (SC5) e Ophioplax clarimundae Tommasi, 1970 (SC7), com a definição de novos caracteres para algumas SCs, como a placa oral, placa dental, dentes, placa lateral, vértebras e descrição da superfície do estereoma que formam as placas do braço. Para a morfometria linear foram mensurados 35 caracteres de 182 espécimes distribuídos entre as SCs, dos quais apenas 17 caracteres foram significativos para discriminar as SCs, apresentando como principais: a largura da placa acessória, ossículo de Lyman e escama tentacular, comprimento e largura da papila infradental, comprimento do espinho do escudo adoral, segundo espinho do escudo adoral, 1° placa ventral, espinho dorsal, medial e ventral do braço. Na análise da morfometria geométrica foram utilizadas 342 imagens de MEV distribuídas entre as placas dorsais, placas ventrais e espinho medial do braço das SCs, os quais a ANOVA evidenciou diferenças significativas, resultando em cinco agrupamentos morfológicos. Os resultados das análises filogenéticas para o gene 16S obtidos tanto no método de Máxima Verossimilhança como na Máxima Parcimônia mostraram a SC4 e possivelmente a SC5 no mesmo clado, com distância genética de 9%, entretanto, é necessário aumentar a amostragem para que se estabeleça uma comparação mais substancial. De modo geral, observa-se que os resultados obtidos a partir das diferentes análises convergem, o que proporciona uma maior confiabilidade na delimitação dessas espécies, além de fornecer redescrições com ilustração de novos caracteres tanto taxonômicos como moleculares, que corroboram com a compreensão da diversidade e as relações de parentesco do grupo em estudo e da classe Ophiuroidea, contribuindo assim para futuros trabalhos taxonômicos e filogenéticos.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 333326 - MARTIN LINDSEY CHRISTOFFERSEN
Externo à Instituição - MICHELA BORGES
Externo à Instituição - RENATA APARECIDA DOS SANTOS ALITTO