PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA (PPGS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
83

Notícias


Banca de DEFESA: ÉRICA RENATA CHAVES ARAÚJO DE MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÉRICA RENATA CHAVES ARAÚJO DE MELO
DATA: 18/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de reuniões do CCHLA
TÍTULO: ADOLESCENTES PRIVADAS DE LIBERDADE NO ESTADO DA PARAÍBA: VIOLÊNCIAS E (IN)VISIBILIDADES.
PALAVRAS-CHAVES: Socioeducação Feminina; Invisibilidade e violência; Adolescentes; Estado.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: O principal objetivo desta pesquisa foi compreender como as violências a que foram submetidas as adolescentes que cumprem medida de meio fechado no estado da Paraíba se relacionam com os diversos tipos de invisibilidades decorrentes da privação de liberdade. Partimos da história de vida de três adolescentes que encontravam-se privadas de liberdade na cidade de João Pessoa/PB e das entrevistas semiestruturadas realizadas com seis representantes da comunidade socioeducativa da Unidade Feminina “Rita Gadelha” para estabelecermos as temáticas tratadas: Disciplinamento e vigilância estatal; Corpo, palavras e rumores; Gênero, patriarcado e violência; Invisibilidade e Espiritualidade. A partir da questão central, traçamos um perfil sociodemográfico das adolescentes, além de considerar aspectos da fase da adolescência e o adolescer na perspectiva do feminino, colocando, também no centro do debate, a perspectiva socio-histórica e a decolonial para compreender as questões de gênero até apresentar elementos de junção entre as violências e as invisibilidades. Expusemos a fundamentação do disciplinamento enquanto ferramenta de controle, as diversas dinâmicas de poder encontradas no campo de pesquisa e a estrutura do Estado que também estrutura as relações sociais, fazendo interface com os questionamentos sobre o corpo dócil e as violências apresentando dados subjetivos a partir das experiências e vivências das adolescentes. De maneira geral, os dados apontaram para algumas respostas ao problema de pesquisa, pois ajudaram a identificar que as violências de gênero sofridas pelas adolescentes estão diretamente associadas às invisibilidades sofridas por elas no sistema de privação de liberdade e fora dele. Além disso, foi possível observar que a lógica de reprodução da dominação impõe esquemas de opressão sob as adolescentes e que existe um esforço diário, mesmo que inconsciente, para reproduzir, por meio da comunidade socioeducativa e demais atores sociais, classificações e estereótipos que as inviabilizam. Por fim, a estrutura do Estado também edifica as relações sociais compreendendo, assim, a relação desses elementos e suas contribuíções para que as invisibilidades sociais, institucionais e estruturais ocorram. Diante dos resultados, corrobora-se com a tese de que as violências vivenciadas pelas adolescentes se relacionam com as diversas invisibilidades, seja ela: epistemológica, acadêmica, social, institucional, cultural, econômica, histórica, sexual, politica e de gênero. Adicionalmente, esses fatores retroalimentam uma espécie de inação do Estado, como se as adolescentes não tivessem o direito de viver a socioeducação, mas que, ao mesmo tempo, não determina suas vivências partindo das suas resistências para sobreviver diante desse controle
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CIBELE SOARES DA SILVA COSTA
Presidente - 1565100 - MARCELA ZAMBONI LUCENA
Externo ao Programa - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Externo ao Programa - 1645118 - RENATA MONTEIRO GARCIA
Interno - 1363922 - SIMONE MAGALHAES BRITO