PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA COGNITIVA E COMPORTAMENTO (PPGNEC)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSINALDO FURTADO DE SOUZA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSINALDO FURTADO DE SOUZA
DATA: 27/11/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de reuniões do CCHLA
TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE MAUS-TRATOS INFANTIS, APEGO, AUTOCOMPAIXÃO E MEDO DE COMPAIXÃO NO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Maus-tratos infantis; apego; autocompaixão; medo de compaixão
PÁGINAS: 64
RESUMO: A presente tese tem como objetivo geral investigar os efeitos dos maus-tratos infantis no nível da autocompaixão e medo da compaixão em adultos brasileiros. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa e transversal, de caráter descritivo, comparativo e correlacional, realizado de modo on-line. A amostra foi constituída por 360 participantes, tendo como critérios de inclusão brasileiros residentes no país com idade igual ou superior a 18 anos. Excluiu-se estrangeiros que residem no país ou brasileiros que moram em outros países. A média de idade foi de 31,95 anos (DP= 31,95), variando de 18 a 71 anos, sendo a maioria da região Nordeste (77,2%, N= 278), do sexo feminino (58,9%, N=212), brancas (56,9%, N=205), cursando ou havia concluído o ensino superior (46,4%, N=167), solteiras (55,0%, N=198), católicas (34,4%, N=124), com renda entre 2 e 5 salários mínimos (30,3%, N=109). Para a coleta dos dados, utilizou-se os seguintes instrumentos: Questionário sociodemográfico; Escala de autocompaixão; Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse; Questionário sobre Traumas na Infância; Escala de Apego Adulto; e Escala de Medos de Compaixão. Os dados foram analisados através do software R 4.4.1. Inicialmente, realizou-se uma Análise Fatorial Confirmatória avaliar a plausibilidade dos instrumentos. Posteriormente, realizou-se estatísticas descritivas da amostra. Para a investigação da normalidade da distribuição das variáveis quantitativas, utilizou-se do teste de Shapiro-Wilk. Para analisar a associação entre as variáveis utilizadas neste estudo, optou-se pela realização da análise de redes. Testou-se ainda o efeito mediador da autocompaixão no impacto dos maus tratos infantis nos sintomas psicológicos, através de uma análise de Modelagem por Equações Estruturais, baseada na estrutura fatorial. A média do nível de autocompaixão foi 3,057, assemelhando a outros estudos realizados no Brasil. No tocante a análise de rede, observou importantes correlações entre as variáveis, como por exemplo entre Ansiedade de apego, Abuso Emocional e Negligência Emocional. Na mediação, observou-se que os Maus-tratos impactam negativamente nos níveis de Autocompaixão, indicando que quanto maior é o nível de Maus tratos, menor será o nível de Autocompaixão do sujeito. Por outro lado, observou-se o impacto positivo e significativo dos Maus tratos na Afetividade negativa, indicando que altos níveis de Maus tratos estão associados a altos níveis de sintomas de ansiedade, depressão e estresse. Esses achados confirmam que há uma relação significativa entre a vivência de eventos adversos precoces, estilos de apego, autocompaixão, medo de compaixão e níveis de afetividade negativa. Destaca-se ainda o papel mediador da autocompaixão. De modo geral, esta pesquisa visa contribuir para a literatura da autocompaixão e, principalmente, com o campo clínico, de modo a auxiliar psicólogos em suas intervenções terapêuticas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2560968 - MELYSSA KELLYANE CAVALCANTI GALDINO
Interno - 1668604 - LUIZ CARLOS SERRAMO LOPEZ
Externo à Instituição - THAÍSA BORGES GRÜN