CCHLA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
- Telefone/Ramal
-
Não informado
Notícias
Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIELA BAYMA REMOS FERNANDES
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIELA BAYMA REMOS FERNANDES
DATA: 20/08/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório 412 CCHLA
TÍTULO: Trajetórias de vida e de trabalho de catadoras de materiais recicláveis
PALAVRAS-CHAVES: Economia informal. Catadoras de materiais recicláveis. Trabalho feminino. Divisão sexual do trabalho. Psicologia Social do Trabalho.
PÁGINAS: 68
RESUMO: O trabalho cooperado de catação de materiais recicláveis, inserido dentro das atividades que se enquadram na economia informal, tem como perfil predominante as mulheres trabalhadoras. A economia informal vem sendo, desde a formação do mercado de trabalho no Brasil, uma saída para os trabalhadores que não conseguem se inserir no emprego formal por um processo de exclusão sistemática, impulsionada pelo capitalismo e neoliberalismo. Tendo isso em vista, o objetivo deste trabalho é compreender como o trabalho se insere na saúde de trabalhadoras informais catadoras de materiais recicláveis. Para tal, utilizamos as técnicas de entrevistas semiestruturadas e encontros grupais com catadoras de materiais recicláveis cooperadas e não cooperadas que atuam em uma cooperativa em um município da Paraíba. Foram entrevistadas até então sete das dez trabalhadoras desejadas, e os encontros grupais serão compostos por cinco a dez trabalhadoras dentre as entrevistadas anteriormente. A análise e discussão dos resultados será realizada sob os pressupostos teóricos da Psicologia Social do Trabalho (PST) e da Divisão Sexual do Trabalho, seguindo os passos da Análise do Discurso proposta por Bakhtin. A construção de dados até o momento nos apresenta, em geral, à mulheres com histórias de vida semelhantes. São mulheres pretas e pardas, com pouca ou nenhuma escolaridade e um longo histórico de trabalho. A vida laboral tem início na infância, sem nunca terem tido a carteira de trabalho assinada, e o trabalho do cuidado é um aspecto encontrado de forma absoluta. Os episódios de violência física, psicológica e simbólica também aparecem em suas histórias. Para elas, o trabalho na cooperativa teve início como uma alternativa ao desemprego e por ser uma atividade de maior flexibilidade para conciliar com a maternidade. A pouca atenção dada à própria saúde e a displicência com que tratam o autocuidado também são constantes nos discursos. Em geral, são mulheres cujas oportunidades foram escassas e que, desde pouca idade, sustentaram o cuidado de inúmeras pessoas, colocando a própria saúde em um lugar não prioritário.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2042859 - THAIS AUGUSTA CUNHA DE OLIVEIRA MAXIMO
Interno - 1519736 - TATIANA DE LUCENA TORRES
Externo à Instituição - AMANDA DIAS DOURADO