PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: DIANA SAMPAIO BRAGA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIANA SAMPAIO BRAGA
DATA: 16/12/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 402 do CCHLA
TÍTULO: PERCEPÇÃO VISUAL DE CONTRASTE E MOVIMENTO OCULAR EM LEITORES DISLÉXICOS
PALAVRAS-CHAVES: percepção visual; dislexia; sensibilidade ao contraste; movimento ocular
PÁGINAS: 122
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: A dislexia e uma dificuldade especifica de leitura que prejudica as habilidades de ortografia, soletracao, coordenacao e capacidade de sequenciacao. Uma das teorias propostas para explicar a origem da dislexia afirma que esta e decorrente de um deficit no processamento visual. Tarefas psicofisicas que avaliam a sensibilidade ao contraste e o movimento ocular sao consideradas indicadores adequados do funcionamento do processamento visual. Neste sentido, o principal objetivo desta pesquisa foi avaliar a percepcao visual de contraste e o movimento ocular de leitores dislexicos. Participaram deste estudo, 20 criancas e adolescentes de ambos os sexos (10 meninas e 10 meninos) com idades entre 10 e 15 anos, 10 leitores dislexicos (M = 12,6; DP = 1,5) e 10 leitores tipicos (M = 12,6; DP = 1,5). Estudo I: A sensibilidade ao contraste foi avaliada a partir de estimulos estaticos, com formatos quadriculares, acromaticos do tipo grade senoidal vertical nas frequencias espaciais 0,2; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 7,9 com fase inicial em 180° em condicao de luminancia fotopica de 42 cd/m². O metodo psicofisico utilizado foi o da escolha forcada entre par de estimulos apresentado simultaneamente, os participantes eram orientados a escolher aquele que continha a frequencia espacial (grade senoidal). O estimulo neutro era sempre um padrao homogeneo com luminancia media. Nao se detectou em nenhuma das frequencias espaciais uma diferenca estatisticamente significante entre os participantes com dislexia e sem dislexia (p > 0,05), a saber: 0,2 [t(16) = -1,47, p > 0,05]; 0,6 [t(16) = -1,62, p > 0,05]; 1,0 [t(16) = -0,543, p = 0,595]; 2,0 [t(16) = 0,005, p > 0,05]; 4,0 [t(16) = 0,014, p > 0,05]; 7,9 [t(16) = 0,908, p > 0,05]. O grupo de leitores dislexicos foi classificado a partir das especificidades do seu desempenho na leitura e escrita: em fonologico (n = 6) e misto (n = 3). As medias de cada subgrupo foram comparadas as medias do grupo controle e nao foi detectada reducao significativa da SC em nenhuma das frequencias espaciais avaliadas: 0,2 [F(2)= 2,494, p > 0,05]; 0,6 [F(2)= 1,280, p > 0,05]; 1,0 [F(2) = 3,621, p > 0,05]; 2,0 [F(2)= 0,362, p > 0,05]; 4,0 [F(2) = 0,008, p > 0,05]; 7,9 [F(2) = 0,480, p > 0,05]. Estudo II: A avaliacao da movimentacao ocular foi feita atraves do eyetracker, usado para registrar e medir o movimento dos olhos de forma nao invasiva. Os estimulos visuais adotados para avaliar o comportamento ocular foram uma tarefa de trilha e a leitura de um fragmento de texto. Os parametros oculares monitorados foram: quantidade de fixacoes, media de duracao das fixacoes e tempo de duracao da tarefa. Com relacao ao numero de fixacoes durante a tarefa de leitura, os voluntarios dislexicos apresentaram uma quantidade significativamente maior quando comparados ao grupo controle [t(18) = -2,321, p 0,05). A media de duracao das fixacoes na tarefa de leitura e de trilha, nao revelou diferenca estatisticamente significante entre os grupos de leitores dislexicos e leitores tipicos (p > 0,05). A ANOVA one way identificou uma diferenca significante na media de duracao das fixacoes na leitura entre o subgrupo misto e o grupo controle (p < 0,05). Dessa forma, os achados desta tese sugerem que esta amostra de leitores dislexicos nao apresentou danos especificos no sistema parvocelular e que a tecnica de rastreamento ocular e um preditor adequado da habilidade de leitura. Porem, seu uso como ferramenta de diagnostico para a dislexia requer a realizacao de mais experimentos. A maior quantidade de fixacoes registradas na tarefa de trilha pode ser um indicador da presenca de um comprometimento oculomotor, fato que fornece suporte para a teoria do deficit no sistema magnocelular como fator etiologico da dislexia.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347318 - NATANAEL ANTONIO DOS SANTOS
Interno - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Externo ao Programa - 2560968 - MELYSSA KELLYANE CAVALCANTI GALDINO
Externo à Instituição - ARMINDO DE ARRUDA CAMPOS NETO
Externo à Instituição - JANDILSON AVELINO DA SILVA