PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE (PPGBIO)
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)
- Telefone/Ramal
-
Não informado
Notícias
Banca de DEFESA: MARIA DO SOCORRO SANTANA DE SOUSA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DO SOCORRO SANTANA DE SOUSA
DATA: 09/01/2026
HORA: 09:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE
TÍTULO: HARMONIA FRAGILIZADA: CONFLITOS ENTRE FAUNA SILVESTRE E COMUNIDADES LOCAIS NA CHAPADA DO ARARIPE
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Interação humano-fauna; coexistência; etnozoologia; Unidades de conservação; conservação da biodiversidade
PÁGINAS: 40
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Biologia Geral
RESUMO: A Chapada do Araripe (sul do Ceará) configura-se como área de interesse para investigação de conflitos humano-vida selvagem, sendo caracterizada pela sobreposição entre comunidades rurais e áreas de elevada relevância ecológica em paisagem fragmentada. O presente estudo buscou analisar os conflitos faunísticos deste local, avaliando como os fatores socioeconômicos, culturais e ambientais influenciam as percepções e práticas locais. Foram realizadas 205 entrevistas semiestruturadas em sete comunidades rurais, e os dados empregaram análises qualitativas (codificação temática) e quantitativas (regressão de Poisson e testes comparativos), complementadas por análises espaciais de uso e cobertura da terra. Identificaram-se três categorias principais de conflito: (i) usos e benefícios (alimentação, medicina, rituais); (ii) prejuízos econômicos (danos agrícolas e predação); e (iii) percepções e riscos à saúde (ataques, acidentes e crenças). Observou-se que tempo de moradia e idade favorecem o conhecimento ecológico local, enquanto renda e escolaridade modulam percepções, variando do uso utilitário às dimensões simbólicas e ecológicas. Os resultados caracterizam a relação humano- fauna na Chapada do Araripe como uma harmonia fragilizada, onde coexistem respeito cultural, dependência de recursos faunísticos e conflitos de uso. O fortalecimento da coexistência exige a integração de saberes tradicionais, políticas públicas e manejo ecológico participativo, reconhecendo a fauna como elemento central da identidade cultural e do equilíbrio ambiental regional.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 3060994 - LUCIANA DINIZ ROLA
Interno(a) - 021.866.804-08 - WASHINGTON LUIZ DA SILVA VIEIRA - UFPB