PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE (PRODEMA - MEST)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: BRENA DE ANDRADE LINS RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRENA DE ANDRADE LINS RIBEIRO
DATA: 29/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente remoto no Google meet
TÍTULO: Jangadas: dinâmicas socioambientais dos jangadeiros no litoral sul de Pernambuco
PALAVRAS-CHAVES: Pesca Artesanal. Jangadeiros. Socioambientais.
PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: A jangada é uma das embarcações mais antigas, com cerca de trinta mil anos, sendo utilizada por diversos grupos sociais. Antigamente esse meio de locomoção tinha diversos usos, como para realizar pescarias, para promover as relações comerciais e para a travessia de pessoas e cargas, hoje sendo para pescarias e turismo. Houve no século XVI uma miscigenação nessa embarcação de indígenas, portugueses e africanos na sua adaptação/construção. É possível encontrar jangadas em vários países e continentes, tais como: Ásia, África, Índia, porém foi nas praias do Nordeste brasileiro que elas passaram a ser vistas até os dias atuais, principalmente a partir da formação de comunidades marítimas e litorâneas no qual os jangadeiros viviam/vivem, sobretudo ou parcialmente, da atividade pesqueira e turística. Logo, jangadeiros são pescadores de resistência, que integram um dos ramos específicos da pesca artesanal, negando teses de que estariam condenados ao desaparecimento com suas respectivas jangadas por alguns autores da época (1957-2011), devido às novas embarcações (industriais) e tecnológicas, principalmente após a revolução industrial. O presente estudo objetiva estudar os jangadeiros de Rio Formoso, Tamandaré e São José da Coroa Grande, municípios situados no litoral sul de Pernambuco, e que estão inseridos numa área de proteção ambiental (APA Costa dos Corais) que continuam a existir e reproduzir-se utilizando a jangada como meio de locomoção para adquirir seus pescados (renda) e turismo até os dias atuais. Os métodos e materiais tem a proposta de caráter qualitativo, com entrevistas semi-estruturadas, através do método da bola de neve (Snowball), onde um entrevistado indica outro e assim sucessivamente, com observações diretas e visita guiadas (Guided Tour), possibilitando a produção/realização da cartografia social, para gerar mapas representativos de ambientes terrestres e marinhos dos jangadeiros, com um acervo de fotografias do dia a dia dos jangadeiros, possibilitando perceber como esse grupo passou a adaptar artesanalmente essa embarcação e seus inúmeros artefatos de pesca. Além disso, a técnica de cartografia social busca registrar elementos do turismo; atividade que os jangadeiros tem se reinventado como guia turístico nesses municípios a serem estudados, onde se deve ao conhecimento e resistência com o decorrer dos anos. Mesmo com grandes dificuldades, seja pela diminuição de pescado, seja pela falta de apoio dos poderes públicos (federal, estadual e municipais), seja pela poluição, desmatamento de mangues e especulação imobiliária, essa comunidade tradicional ainda resiste com a sua cultura marítima secular, recriando-se e ofertando, com suas jangadas e adaptações ao mundo capitalista em pleno o século XXI, possibilidades de produção e reprodução social para muitos homens e seus familiares que dependem diretamente do fato de ser e fazer-se jangadeiro. Logo o projeto tem como foco estudar o segmento e avaliar as possibilidades e limites de sua sobrevivência na atividade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1117951 - GUSTAVO FERREIRA DA COSTA LIMA
Interno - 2335304 - MARIA CRISTINA BASILIO CRISPIM DA SILVA
Externo à Instituição - IVO RAPOSO GONÇALVES CIDREIRA NETO