PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: LEONÍDIA APARECIDA PEREIRA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEONÍDIA APARECIDA PEREIRA DA SILVA
DATA: 02/06/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: EXPERIÊNCIAS PARENTAIS NA CRIAÇÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
PALAVRAS-CHAVES: Cuidados parentais; Transtorno do Espectro Autista; criança; relações familiares; desenvolvimento humano.
PÁGINAS: 160
RESUMO: RESUMO Esta dissertação objetivou analisar o relato de experiências parentais na realidade de cuidados direcionados a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em diferentes fases do desenvolvimento infantil e como elas se modificam no decorrer do tempo. Além de considerar os fatores dificultadores e os fatores facilitadores com os quais os pais se deparam. Participaram deste estudo 12 mães de crianças diagnosticadas com autismo. A faixa etária selecionada contemplou 3 grupos de idades com 4 mães em cada grupo: Grupo 01: mães de crianças entre 2 e 3 anos; Grupo 02: mães de crianças entre 4 e 6 anos e Grupo: mães de crianças entre 7 e 11 anos. Para tanto, foram utilizados: a) Questionário Sociodemográfico da família. b) Entrevista semiestruturada com os participantes. A interpretação dos dados ocorreu por meio da Análise de Conteúdo de Bardin. Enquanto resultados preliminares, identificou-se que a trajetória diagnóstica foi marcada pelas características da investigação e da revelação do diagnóstico, impacto da revelação do diagnóstico e pela falta de esclarecimentos profissionais. No Grupo 01 todas as crianças receberam o diagnóstico mais precocemente (aos 2 anos), diferentemente dos Grupos 02 e 03 em que a idade do diagnóstico variou entre 3 e 4 anos. Metade das crianças apresenta grau leve de autismo, duas apresentam grau moderado, duas apresentam grau severo e três crianças do Grupo 01 (2 a 3 anos) apresentam grau indefinido. Evidenciou-se que o cotidiano domiciliar e social das famílias tem como foco principal o filho que está no espectro autista. No entanto, a centralidade do cuidado frequentemente recaiu sobre a mãe. A menção à figura paterna apareceu quando as mães descreveram os cuidados realizados pelo pai e também foi pontuado o tempo reduzido que eles passam com a criança devido ao trabalho que exercem. Além disso, nos três grupos constatou-se a predominância da referência aos termos Difícil/Dificuldade ao falar sobre o que significa para elas ser mãe de uma criança com TEA. Dentre as dificuldades identificadas, no Grupo 01 foi mais frequente a menção às dificuldades relacionadas com o comportamento da criança, seguida pela referência à vivência de situações de julgamento e/ou preconceito. No Grupo 02 (4 a 6 anos), houve a alusão de forma predominante à dificuldade no acesso aos tratamentos. Já no Grupo 03, se sobressaiu a falta de aceitação por parte de profissionais da escola. As menções aos recursos pessoais e/ou ambientais utilizados nos três grupos também merecem destaque, pois demonstram que os familiares são capazes de se reorganizar diante das dificuldades. A alusão à evolução da criança a partir do tratamento também se destacou. Em especial, no Grupo 01 (2 a 3 anos) verificou-se a importância da intervenção precoce. Em relação aos impactos causados pela pandemia da COVID-19, evidenciaram-se reverberações e desafios relativos ao isolamento social e à mudança de rotina, além de repercussões no acesso às terapias. No que se refere às expectativas para o futuro do(a) filho(a) com TEA foram identificadas alusões acerca da reidealização da criança, sobre a esperança no tratamento e relativas à esperança de que o(a) filho(a) se tornaria mais independente. A discussão dos resultados considerou os relatos maternos, as características das crianças com TEA, a literatura relativa ao autismo, a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (TBDH), o Modelo PPCT (Pessoa, Processo, Contexto e Tempo), além de fatores de risco e fatores de proteção ao desenvolvimento humano por ela discutidos. A utilização da TBDH favoreceu a compreensão das experiências parentais e possibilitou o acesso a informações importantes que possam auxiliar os pais, a criança com TEA e fornecer contribuições para a qualificação do acompanhamento profissional direcionado ao binômio pais-filho. Contudo, verificou-se que ainda são escassos os estudos que se propõe a investigar a temática do autismo a partir de uma visão bioecológica. Nesse sentido, sugere-se que sejam realizadas mais pesquisas relacionando o autismo e as vivências familiares a partir de seus próprios relatos e embasadas na TBDH.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1798749 - FABIOLA DE SOUSA BRAZ AQUINO
Interno - 1492368 - LILIAN KELLY DE SOUSA GALVAO
Interno - 337201 - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO