PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: WANESSA DE MACEDO GOMES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WANESSA DE MACEDO GOMES
DATA: 28/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 510 PPGPS
TÍTULO: Concepções e práticas de psicólogos(as) escolares e docentes acerca das adaptações curriculares: um estudo em contextos públicos de educação
PALAVRAS-CHAVES: Adaptações curriculares; educação inclusiva, concepções; práticas; psicologia escolar.
PÁGINAS: 119
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia do Desenvolvimento Humano
ESPECIALIDADE: Processos Perceptuais e Cognitivos; Desenvolvimento
RESUMO: O movimento mundial pela inclusão passou a ser uma questão política, cultural, social e pedagógica. Em virtude disso, a organização das escolas deve ser repensada implicando em mudança estrutural e cultural para que todos tenham suas especificidades atendidas. Parte relevante da discussão e efetivação da inclusão em contexto educacional são as adaptações curriculares, que se constituem uma importante ferramenta para a reflexão e a propositura de um ensino responsivo àqueles que dela demandam acesso à proposta educacional ofertada. O psicólogo é considerado um profissional importante para atuar como mediador na inter-relação entre o Atendimento Educacional Especializado (AEE), a sala de recursos multifuncionais e a elaboração do plano de desenvolvimento individual e escolar, dado que pode colaborar para viabilizar o acesso da criança às propostas curriculares da escola. Diante do exposto, o objetivo desse estudo é conhecer e analisar as concepções e práticas de psicólogos escolares e docentes sobre as adaptações curriculares em escolas da rede pública da cidade de João Pessoa-PB. A pesquisa explorou a temática da inclusão com ênfase nas adaptações curriculares, inicialmente, por meio de um levantamento da literatura em base de dados nacionais e internacionais, objetivando verificar se e como psicólogos(as) têm atuado frente à citada demanda. Essa investigação ratificou a escassez de produções científicas sobre o tema no campo de atuação da psicologia escolar. Foi realizada uma pesquisa de campo do tipo qualitativa em escolas de ensino Fundamental I da rede pública municipal de João Pessoa-PB. Participaram deste estudo 10 psicólogas escolares, 10 docentes do Ensino Fundamental I, e 10 docentes do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que responderam a um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada. A análise do questionário sociodemográfico evidenciou que oito psicólogas participaram de formações específicas para a atuação na área escolar, sete realizaram curso de aperfeiçoamento relacionado à educação inclusiva; nove professoras do AEE e seis professores da sala regular fizeram formação voltada para inclusão escolar, e nove professores do AEE e cinco da sala de aula regular cursaram aperfeiçoamento referente à educação inclusiva. Esses dados indicam que os profissionais têm buscado aprofundar o conhecimento acerca da questão investigada e aprimorar suas práticas voltadas para uma educação inclusiva. A análise das entrevistas foi orientada pelas diretrizes gerais de Bardin (1977) e organizada em eixos gerais para análise. Os resultados demonstraram, pelas falas das psicólogas escolares, que há ações em conjunto realizadas com maior frequência com os docentes do AEE e da sala regular para a elaboração das adaptações curriculares, conforme os Eixos de Análise: ‘Participar do Planejamento’ e ‘Orientar professores’. No entanto, é importante refletir sobre como as psicólogas escolares vêm atuando junto aos docentes e como o fazer psicológico pode contribuir especificamente para a realização de adaptações curriculares. No que se refere à compreensão de adaptação curricular, as respostas das psicólogas indicam que a concebe como: ‘Adaptar as atividades conforme grau de mentalidade/nível de inteligência’, ‘Individualizada para cada aluno’ e ‘Atender a necessidade do aluno’. Já os professores apresentaram em suas falas concepções sobre adaptações curriculares que remetem a ‘Tornar acessível à atividade/conteúdo’, ‘Equivalente ao PEI [Plano de Ensino Individualizado]’ e ‘Atingir um objetivo/meta do conteúdo’. Percebe-se, que os docentes expressão noções que convergem entre si e que se aproximam dos conceitos encontrados na literatura sobre as adaptações curriculares. Entretanto, vale salientar que o PEI é um instrumento que possibilita a efetivação das adaptações curriculares. As psicólogas denotam concepções ainda rudimentares e atreladas a níveis de inteligência ou entendimento dos alunos, mas, em contrapartida, mencionam o atendimento as necessidades e individualidades das crianças. Reafirma-se, por meio deste estudo, a importância de psicólogos escolares nas instituições de ensino, como mediadores na inter-relação entre professores do AEE e da sala de aula regular. Para efetivação dessas ações é essencial a realização de formação continuada em serviço de profissionais da Educação sobre o processo de inclusão escolar de estudantes com deficiência e/ou necessidades educacionais especiais, e um aprofundamento de procedimentos teórico-metodológicos que favoreçam processos de ensino-aprendizagem que respeitem os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem que caracterizam psiquismo humano. Desse modo, o psicólogo escolar pode contribuir com os conhecimentos sobre desenvolvimento humano, processos de aprendizagem, defender em sua práxis a acessibilidade e equidade de conteúdos curriculares programáticos, e colaborar com uma educação inclusiva.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1798749 - FABIOLA DE SOUSA BRAZ AQUINO
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo ao Programa - 3200287 - MONICA DE FATIMA BATISTA CORREIA