PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE (PRODEMA - MEST)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: EUZÉBIO LEONARDO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EUZÉBIO LEONARDO DA SILVA
DATA: 29/04/2024
HORA: 13:00
LOCAL: Para participar da videochamada, clique neste link: https://meet.google.com/pvc-rqrm-noh Para partic
TÍTULO: ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA O COMBATE AO RISCO OFÍDICO NO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Ofidismo. Mudanças climáticas. Modelos de nicho. Priorização espacial.
PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: As doenças tropicais negligenciadas são responsáveis por grande impacto na saúde pública global. Dentre elas, os acidentes ofídicos/ofidismo são de grande preocupação visto os problemas que estes geram principalmente na população em extrema pobreza das regiões tropicais e subtropicais. As mudanças climáticas tendem a agravar ainda mais a intensidade e frequência destes acidentes. Neste contexto, testamos a hipótese de que as mudanças climáticas podem causar mudanças nas distribuições geográficas das serpentes venenosas do Brasil, e por consequência alterar as áreas prioritárias para o combate ao ofidismo no país. Integramos modelos de nicho ecológico e análise de priorização espacial para avaliar o efeito das mudanças climáticas na distribuição de serpentes venenosas e na distribuição espacial das prioridades de combate ao ofidismo no Brasil no presente e em cenários de mudanças climáticas futuras. Das 76 espécies de serpentes de importância médica encontradas no Brasil, utilizamos neste trabalho um total de 42 espécies, as quais foram selecionadas a partir do limite de corte estabelecido de 30 ou mais pontos de ocorrências únicos retirados do The Global Biodiversity Information Facility (GBIF), Specieslink e do Atlas of Brazilian Snakes: Verified Point Locality Maps to Mitigate the Wallacean Shortfall in a Megadiverse Snake Fauna. As variáveis climáticas foram extraídas do Worldclim sendo selecionadas cinco variáveis para criação dos modelos: Temperatura máxima do mês mais quente (BIO5), Temperatura mínima do mês mais frio (BIO6), Precipitação do mês mais chuvoso (BIO13), Precipitação do Mês Mais Seco (BIO14) e Sazonalidade da Precipitação (Coeficiente de Variação) (BIO15). Os modelos de nicho foram gerados com a técnica de ensemble modeling e foram baseados em 4 algoritmos: Artificial Neural Networks (ANN), Generalized Linear Models (GLM), Maximun Entropy (MaxEnt) e Radom Forest (RF). Os modelos foram avaliados através de três métricas estatísticas AUC, BOYCE e TSS, além da qualidade das curvas respostas e da comparação da previsão da distribuição com a distribuição conhecida das espécies. Os melhores modelos para cada espécie foram utilizados para gerar as previsões da distribuição no presente e projetados em cenários futuros utilizando um ensemble de nove Modelos globais de circulação. Os portfólios de áreas prioritárias para o risco ofídico foram criados no software Zonation a partir da distribuição geográfica das serpentes e um raster de distâncias das unidades de saúde. Os modelos gerados conseguiram prever de forma satisfatória a distribuição das espécies; a variável Temperatura mínima do mês mais frio (BIO6) foi a mais importante para a maioria das espécies (n=34). As projeções das distribuições no futuro indicam que as mudanças climáticas causarão o deslocamento na distribuição da maioria das espécies mapeadas neste estudo em direção aos polos; em ordem de importância, as regiões com as maiores áreas de risco no presente e em cenários futuros para a família Elapidae foram; Norte, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste (no cenário presente e no ssp126) e Norte, Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste (no cenário ssp585); e as regiões com as maiores áreas de risco no cenário presente e em cenários futuros (ssp126 e ssp585) para a família Viperidae foram; Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2641694 - PABLO RIUL
Interno - 1673697 - DENISE DIAS DA CRUZ
Externo ao Programa - 272.776.448-08 - RICARDO LOURENÇO DE MORAES - UFPB