PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE (PRODEMA - MEST)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: CAMILLA MARQUES DE LUCENA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILLA MARQUES DE LUCENA
DATA: 26/02/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Prodema UFPB
TÍTULO: USO, MANEJO E PROCESSO DE DOMESTICAÇÃO DE CEREUS JAMACARU DC. SUBSP. JAMACARU (CACTACEAE) NO SEMIÁRIDO DO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Etnobotânica; Cactaceae; Populações Tradicionais; Domesticação; Manejo
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: No Brasil, a familia de Cactaceae e representada por diversas especies nativas, podendo ser registradas em biomas como a Caatinga. Ao considerar regioes como o Nordeste brasileiro, sao varias as especies de cactos utilizadas por populacoes tradicionais (ex. agricultores). Logo, por possuir valores economicos, sociais e culturais esses cactos sao acometidos por varios tipos manejo, seja ex situ e/ou in situ e, consequentemente, podem estar passando pelo processo de domesticacao incipiente. A domesticacao e um processo evolutivo continuo conduzido pelo ser humano, o qual favorece os fenotipos que apresentam algum tipo de vantagem (social, cultural e/ou economica). Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo registrar o conhecimento, uso e, em especial, o manejo e documentar possiveis mecanismos de selecao artificial de Cereus jamacaru DC. subsp. jamacaru (mandacaru) na comunidade rural de Santa Rita, municipio do Congo, Nordeste do Brasil, alem de avaliar suas consequencias em aspectos geneticos e padrao fenologico. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 100% dos mantenedores domiciliares (n=104) da comunidade. Realizou-se tambem, analises fenologicas e geneticas a fim de avaliar o padrao fenologico, a estrutura e a diversidade genetica de populacoes de C. jamacaru subsp. jamacaru submetidos a diferentes tipos de manejo. Para a realizacao das analises fenologicas e geneticas foram selecionados e georeferenciados 90 individuos de mandacaru, sendo 30 por populacao (silvestre, manejada e cultivada). A categoria de uso proeminente na comunidade foi a forragem e, que tanto os manejos do tipo in situ (coleta e tolerancia) como ex situ (plantio e transplante) sao realizados pelos agricultores. Ao avaliar a diversidade genetica observou-se que nao ha diferenca significativa entre as populacoes silvestre, cultivada e manejada. Ja na analise de variancia molecular (AMOVA), nota-se que a maior parte da variacao ocorre dentro das populacoes (99.76%). Entretanto, baseado na distancia genetica de Nei, a populacao cultivada segue mais distinta da populacao silvestre e manejada. Ao considerar as fenofases (floracao e frutificacao) registrou-se que estas se estendem ao longo de todo ano, e que em todas as areas as populacoes de mandacaru apresentam pico da fenofase em meses similares, sendo assim, estatisticamente significativos (p<0.05). Contudo, apenas a floracao da populacao silvestre nao se mostrou significativa. Ao correlacionar a pluviosidade com as fenofases das populacoes de mandacaru, apenas a populacao silvestre mostrou-se significativa (Floracao: r = 0.42; P < 0.05 e Frutificacao: r = 0.46; P < 0.05). Portanto, a partir dos tipos de manejo registrados e os resultados geneticos e fenologicos e notorio a importancia de estudos com especies de Cactaceae, como o mandacaru, que, dependendo da regiao pode apresentar padroes semelhantes ou diferentes de floracao, frutificacao e diversidade genetica e, consequentemente, avaliar a ocorrencia do possivel processo de domesticacao incipiente que tais especies podem estar envolvidas. Ja que diversos cactos sao valorizados culturalmente e economicamente por populacoes tradicionais no Semiarido do Nordeste do Brasil.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 4201553 - BARTOLOMEU ISRAEL DE SOUZA
Externo ao Programa - 1673697 - DENISE DIAS DA CRUZ
Externo ao Programa - 6335816 - LEONARDO PESSOA FELIX
Externo ao Programa - 388164 - MAILSON MONTEIRO DO REGO
Presidente - 093.753.334-34 - MARISTELA OLIVEIRA DE ANDRADE - NENHUMA